Ó infelizes mortais, ó terra deplorável.Ó ajuntamento assustador de seres humanos! Eterna diversão de inúteis dores!Filósofos alienados que proclamam: — tudo vai bem. Venham contemplar essas ruínas horrendas, esses destroços, esses farrapos, essas cinzas malditas, essas mulheres e essas crianças amontoadas sob mármores partidos, seus membros espalhados.Cem mil desafortunados que a terra devora, que sangrando, dilacerados, e ainda palpitando, enterrados sob seus tetos, sucumbem sem socorro, no horror de tormentas findando seus dias!Diante dos gritos de suas vozes moribundas, do horror de suas cinzas ainda crepitantes, vocês dirão: é a consequência de leis eternas que um Deus livre e bom resolveu aplicar?!Vocês dirão, vendo esse amontoado de vítimas: Deus vingou-se, e a morte deles é o preço de seus crimes?!Que crime, que falta cometeram essas crianças esmagadas e sangrentas sobre o seio materno? Lisboa, que não mais existe, teria mais vícios que Londres, que Paris, submersas em delícias?Lisboa está destruída e dança-se em Paris.Espectadores tranquilos, intrépidos espíritos, contemplando a desgraça desses moribundos, vocês procuram — em paz — as causas do desastre: Tudo vai bem — dizem vocês — e tudo é necessário.Por acaso o universo, sem esse abismo infernal, sem submergir Lisboa, estava sendo pior?Voltaire
domingo, 30 de dezembro de 2012
Conto de ano novo
domingo, 18 de novembro de 2012
O sexo e o frigobar
domingo, 2 de setembro de 2012
O ouro e la plata
Adio algumas abobrinhas sobre o bóson de Higgs e o faço porque nosso povo não merece que lhe atirem o penico de Montezuma na cara. Nunca foi tão simples ganhar o sonhado ouro no futebol masculino. Mas o Brasil de lo Hermano “Pancho” Menezes preferiu entregá-lo aos herdeiros de Zapata. E o fez de maneira bisonha.
Já havia complicado contra a Rutênia e Trinidad y Los Bagos, não lembro bem a ordem. Hermano convocou mal e escalou pior. Hermano se caracteriza por uma série de gestos cabalísticos na beira do campo. Essas mímicas já foram devastadas pelo ex-craque e comentarista Mário Sérgio. Quando a sinalização em código não rendia, Hermano se transformava em Herr Mano e ia berrar com o quarto árbitro. Talvez o ouro viesse se Neymar estivesse menos exausto de tantos comerciais, mas não creio. Com aquela caspa...
Uma constatação: como publicidade, salvo honrosas exceções, é burra!
Não percebe que, ao saturar a telinha com o mesmo sujeito anunciando carros, condicionador para pelos pubianos, etc., acaba provocando raiva no público-alvo. Até quando ganhamos, cacetada, levamos azar. Logo após o vexame, partimos para um amistoso naquele estádio sueco qualquer-coisa-Sunda, e os erros se repetiram. Aí, entrou o Pato, que tem se mostrado bom ponta de lança na zona do agrião da filha do Berlusca. O cara fez 2 gols, meio por acaso, em 5 minutos, inclusive batendo mal um pênalti e caindo sentado sobre as paparicadas nádegas. Hermano respirou até a Copa das Confederações. A verdade é que a torcida teve um único prazer: acompanhar a bola cheíssima de Thiago Silva. Também houve algum futebol de Rômulo, Oscar, e foi só. Uma palavrinha para Marcelo Se-Acha: marrento, desleal, pensa que é uma espécie de Nilton Santos pós-moderno. Nunca chegará aos meiões da Enciclopédia.
Ouvimos muito a respeito de mudanças radicais. Elas acontecem, mas só de dinheiro indo para o bolso de dirigentes vendilhões. Se o ouro não veio, sobrou la plata. Ela manda no esporte brasileiro faz tempo, e o aparelhamento do PCdoB no Ministério dos Esportes, que deveria se empenhar por melhor futuro para os atletas, vai dar com os burros albaneses na lama. Quando um homem honesto, tricampeão olímpico, José Roberto Guimarães, diz ao Trajano que só largaria o vôlei para montar um projeto esportivo nacional e não é imediatamente convocado para 2016, há algo de muito podre saindo pelo bóson da Rebellândia. Por isso, homenageei meu labrador, o Batuque, símbolo dos torcedores, tratados pelos cartolas como cães. Enquanto essa cúpula-cópula pensar primeiro em la plata, o ouro continuará na Terra do Nunca — ou do Núzman. Está chegando o Dia da Pátria. Os canarinhos, curvados ao peso de la plata gananciosa, enfrentarão o Burundi Setentrional. Hermano dirigirá nosso esquadrão. Pena. O povão, que ficou na saudade com o ouro de tolos, adoraria vê-lo, para glória de Nelson Rodrigues, montado por um Dragão da Independência.
Aldir Blanc é compositor
terça-feira, 28 de agosto de 2012
blog do professor pc: A validade do diploma de jornalista: falsa polêmic...
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Feliz Aniversário!
sexta-feira, 13 de julho de 2012
13 de julho
A Maldita acabou, mas os seus órfãos ainda estão por aí...
E esta música era "de lei" num dia como este!
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Pára o mundo!
terça-feira, 10 de julho de 2012
O sol e o gramado
domingo, 8 de julho de 2012
O Gato Escondido
A medida que uma página (ou foto no paint) ia ganhando forma escrita e desenhada, o churrasco perdia completamente a importância e a cerveja já havia ido para as cucuias... Coisa de gente que baba, mesmo; eu sou desses.
Minha filha ali no computador produzindo Literatura sozinha e o sentimento aquoso que a notícia do Gabriel G. Marquez fez inundaram-me.
A vida não é assim mesmo?
Quis corrigir e pontuar, mas, quer saber? Literatura é viva e movimenta-se. Deixa a gramática pra lá. Clarice tem 06 anos!
sexta-feira, 8 de junho de 2012
terça-feira, 5 de junho de 2012
Poema sem métrica ou esperança
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Gilmar Mendes não é o Supremo
Por Mauro Santayana
Coluna: Coisas da Política
Jornal do Brasil
Esse comportamento de desrespeito — vale lembrar — ocorreu também quando o senhor Francisco Rezek renunciou ao cargo de ministro do Supremo, a fim de se tornar ministro de Relações Exteriores, e voltou ao alto tribunal, reindicado pelo próprio Collor. O episódio, tal como a posterior indicação de Gilmar, trouxe constrangimento à República. Ressalve-se que os conhecimentos jurídicos de Rezek, na opinião dos especialistas, são muito maiores do que os de Gilmar.
sábado, 26 de maio de 2012
Poema sobre o desastre de Lisboa
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Quando tudo acaba
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Blog da professora Rachel Nunes: A audiência vale a polêmica
quarta-feira, 28 de março de 2012
Millôr desapareceu
sábado, 24 de março de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Jogo de Poder 2
E os bombeiros e policiais militares entraram em greve no Rio.
Na quinta-feira à noite, dia 09, assistia, pelo televisor de um bar, a emissora Band filmando e o jornalista Boechat comentando, a multidão que urrava no centro da cidade exigindo respeito e salário digno. Boechat e Band, diga-se de passagem, naquele momento, fazendo o que todo o jornalista e jornalismo deveriam fazer: dando a notícia, cruamente; jogando-nos a informação nos cornos, simples assim, como todo bom jornalismo. A Globo? Bem, parece que não sabia o que estava acontecendo (o gerúndio se faz necessário, pois aconteceu por um longo tempo) abaixo do Cristo Redentor.
Parece apenas um ensaio sobre o jogo de poder entre o governador band-aid e o movimento popular daqueles que se arriscam muito para ganhar tão pouco (e, aqui no Rio, pelo menos, ganham muito pouco), uma quebra de braço entre o deputado Garotinho (que claramente incitou a greve) e os que estão no telhado de vidro blindado, pois a mídia (a maioria) os encobre. Poderia ser apenas isso. Mas, infelizmente, para mim, o que há são duas vertentes extremamente irresponsáveis e no meio, como sempre, o povo.
A Srª. Globo, ao fingir que nada acontece ou ao divulgar notas contraditórias, irresponsavelmente coloca o povo nas ruas sem nenhum tipo de informação, logo, a mercê do acaso, do imprevisto, do destino. Isto não pode ser jornalismo. E se não é jornalismo, é pilantragem, pois coloca vidas em risco. Na Bahia, é bom lembrar, já passa de 100 o número de assassinatos.
Será esta a intenção? Espero que a minha paranoia passe, senão, faço o novo Loose Change.
O segundo irresponsável é o deputado, que não está, na verdade, nem aí para os bombeiros e policiais, mas sonha com o caos e com o sangue. Opositor a qualquer coisa que esteja no seu caminho e não seja o seu pé, quer tocar fogo em Roma e depois dizer que é do povo e de Jesus. Típico, bem típico.
Defendo a manifestação. Acho que a hora foi imprópria e, por isso, sem o apoio do cidadão que quer foliar e ter segurança, já nasce com a séria tendência a dar merda. Pena. Este governo band-aid deveria entender e engolir certas coisas, mas não vai ser desta vez.