sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Homem-Bomba fuma maconha!

Está na Folha de São Paulo, versão online, de hoje: “Em mensagem, Bin Laden critica países ricos por mudança climática”. Veja bem, meu bem, depois do terremoto no Haiti, do terremoto político no Brasil-Brasília (o Haiti é aqui!), das enchentes e deslizamentos em Sampa e no Rio, da falta d’água na Baixada Fluminense (apesar da sua abundância nas ruas, nas casas e na morte por soterramento), começo seriamente a acreditar que o terrorismo (tanto de quem faz quanto de quem ataca) é um mal-menor no mundo; um “malzinhozinho” de nada, quase inofensivo. A culpa, na verdade, é de deus. Este, sim, um puta destruidor, ora pois.
Bin Laden, com esta mensagem, resolveu sair do terreno meramente maléfico e metafísico para se tornar um porta-voz do Globo Repórter e do Globo Ecologia. O homem barbudo, o Lula de 1989, não proclama mais às nações muçulmanas, Alá ou ao canal TNT; ele agora, com seu dedo em riste, culpa o mundo ocidental pela mudança climática – como se o Oriente Médio e seus imensos poços de petróleo e xeques corruptos não tivessem nada com isso –, ou seja, além de mal vestido, mal barbeado e fanzoca dos fogos de Copacabana, ele também mostra a face da hipocrisia: Aviões com tanques cheios de gasolina explodindo em prédios de aço e concreto também poluem, imensamente, o ambiente!).
Enfim, meus amigo, começo a desconfiar (com alguma preocupação, admito) que este Bin Laden midiático, como muitos já alardearam, não existe.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Sônia Abrão Facts

Este é um fenômeno do mundo internetês, mas, como eu sei que é verdade, apesar de ser
engraçado, passo adiante!
Sônia Abrão é mesmo ícone do termo: "tomara que morra mais".
Até no twitter (http://twitter.com/search?q=%23SoniaAbraoFacts) o fenômeno Sônia parece multiplicar.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O PIG é phoda...

Desde que a chuva começou, há dois meses, morreram sessenta pessoas em São Paulo.

Um morto por dia.

Parece o Afeganistão.

Zé Alagão não faz nada.

Põe a culpa na água e nos pobres – trololó que o PiG (*) repete incansavelmente.

Quando ele e a Globo inventaram a epidemia de gripe suína e ele suspendeu as aulas em São Paulo, parecia merecer o título de “melhor Ministro da Saúde da História”, que o ministro serrista Nelson Jobim lhe conferiu.

Zé Alagão suspendeu as aulas, mas não suspendeu os jogos do Brasileirinho no Morumbi, para não atrapalhar a Globo …

Agora, sim, é que ele tinha que mostrar que foi um Ministro da Saúde que fez muito mais do que comprar ambulâncias.

Se ele fosse um bom Ministro, mesmo, ele comemoraria o aniversário de São Paulo, nesta segunda feira, com uma campanha de vacinação em massa.

Especialmente depois que alagou a maior central de alimentos do mundo, o Ceagesp, que ficou sob as águas pútridas do rio Pinheiros. (**)

Zé Alagão tem que distribuir antibióticos em massa, para combater a leptospirose.

Zé Alagão tem que dar água pura de beber a quem tomou água pútrida ou comeu alimentos estragados na Baixada Santista.

Zé Alagão tem que distruibuiir pomadas e remédios para combater a micose de pele.

Zé Alagão tem que vacinar todo mundo contra a hepatite contraída com o consumo de alimentos estragados e água contaminada.

Zé Alagão tem que sair do twitter e trabalhar.

Ou ele pensa que governar São Paulo é se eleger presidente da República ?

Eliane, cadê o Serra ?

Em tempo: clique aqui para ler sobre Ciro Gomes, governador de São Paulo, e a eleição no Chile. http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=26061


Paulo Henrique Amorim


(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

(**) Clique para ler “até a Globo News mostrou que a culpa é do Zé Alagão, que deixou de construir 91 piscinões e não limpa os rios Tietê e Pinheiros“.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Biblioteca Solano Trindade

Amigos blogueiros, bisbilhotando a rede social de uma colega de trabalho (não, não estava taradamente olhando para fotos comprometedoras, eu sou um homem sério... Ou quase sexualmente fiel), percebi o seu entusiasmo com uma biblioteca comunitária lá na sua terra: Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, aqui no Rio, e resolvi telefonar.

A biblioteca, hoje, também é reconhecida pelo Governo Federal, pois o governo dá auxílio para iniciativas particulares de incentivo à leitura.

Gostaria de discorrer toda a minha emoção, mas peço que dêem um pulinho no blogue deles e conheçam, com os olhos virtuais, o trabalho desenvolvido. Acredito, sinceramente, que este mundo ainda não explodiu porque tem gente que (ainda) ama estar nele. Esse pessoal é um exemplo disso.





http://bibliotecasolanotrindade.blogspot.com/

.

...E por falar nisso, Solano Trindade foi uma pequeno-grande poeta, capaz de "cometer" esta simples-engajada-maravilha:

TEM GENTE COM FOME

Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Piiiiii

Estação de Caxias
de novo a dizer
de novo a correr
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Vigário Geral
Lucas
Cordovil
Brás de Pina
Penha Circular
Estação da Penha
Olaria
Ramos
Bom Sucesso
Carlos Chagas
Triagem, Mauá
trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dzier
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Tantas caras tristes
querendo chegar
em algum destino
em algum lugar

Trem sujo da Leopoldina
correndo correndo
parece dizer
tem gente com fome
tem gente com fome
tem gente com fome

Só nas estações
quando vai parando
lentamente começa a dizer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer
se tem gente com fome
dá de comer

Mas o freio de ar
todo autoritário
manda o trem calar
Psiuuuuuuuuuuu

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

INSTRUÇÕES E CONSELHOS PARA A JOVEM NOIVA

Gente, pelo conteúdo absolutamente humorístico, fui obrigado a reproduzir estes conselhos fundamentais para que a vida a dois seja o pior dos infernos.
Peguei lá no Balaio, do Mestre Moacy.
Divirtam-se!
.
Repeteco / Memória 1894
INSTRUÇÕES E CONSELHOS PARA A JOVEM NOIVA
Sra. Ruth Smythers
[ Esposa do reverendo L. D. Smythers,
pastor da Igreja Metodista Arcadiana da Congregação Leste,
de Nova York ]

Trad. Walter Cardoso Franco

Texto impresso e distribuído em 1894,
parcialmente divulgado pelo Balaio, nº 232, de 8/8/1990,
a partir de sua publicação na revista gaúcha Dundum

Atenção:
Por ser um um texto relativamente longo
para os padrões do Balaio,
resolvemos destacar em vermelho
as partes que nos parecem mais interessantes.

Para a jovem e sensível moça que alcançou o privilégio de crescer e chegar ao casamento, devemos dizer que este dia é, ironicamente, o mais feliz e também o mais aterrorizante de sua vida. Do lado positivo, há o casamento propriamente dito, no qual a noiva é o centro das atenções de uma cerimônia bonita e comovente, cerimônia esta que simboliza o seu triunfo em lhe assegurar um homem que lhe proverá todas as suas necessidades pelo resto de sua vida natural. Do lado negativo, está a noite de núpcias, durante a qual a noiva deve “pagar para ver”, vulgarmente falando, ao se defrontar, pela primeira vez, com a terrível experiência do sexo.

Nesse ponto, cara leitora, deixe-me revelar uma verdade chocante.Algumas jovens, na realidade, aguardam a noite de núpcias com um misto de curiosidade e prazer! Cuidado com tal atitude! Um marido egoísta e sensual pode facilmente tirar vantagem de tal noiva. Nunca se esqueça de uma regra capital, para qualquer casamento: dê pouco, raramente, e sempre de má vontade: do contrário, o que tem tudo para ser um casamento feliz pode transformar-se numa orgia dos sentidos.

Por outro lado, o temor da noiva não deve ser extremo, porquanto o sexo, que, na melhor das hipóteses, é algo bastante doloroso, deve ser cultivado, e o tem sido pela mulher desde o início dos tempos, e é recompensado pela união monogâmica e pelos filhos. A maioria dos homens, se não lhes for negado, desejam fazer sexo quase todos os dias. A noiva sábia deverá permitir um máximo de duas rápidas relações sexuais por semana durante os primeiros meses do casamento. À medida que o tempo passar, ela deve envidar esforços para reduzir tal frequência. Doenças simuladas, insônia e dores de cabeça são os melhores aliados de uma esposa quanto a isso.

A maioria dos homens são por natureza pervertidos, e se a eles for concedida a menor chance, prontamente passarão a solicitar uma ampla variedade de práticas sexuais das mais repugnantes. Tais práticas incluem realizar o ato normal em posições aberrantes, praticar sexo oral no corpo da mulher, oferecendo os seus próprios e obscenos corpos para também serem usados com a boca da mulher.

Argumentos, apoquentações, repreensões e questionamentos também são muito eficazes, se usados tarde da noite, cerca de uma hora antes de o marido normalmente começar sua sedução.

As esposas inteligentes devem estar sempre alerta e cientes de novas e melhores maneiras de negar e desencorajar as aproximações amorosas de seus maridos. Uma boa esposa deve reduzir as relações sexuais ao mínimo. O ideal é uma só por semana ao fim do primeiro ano de casamento e uma por mês ao fim do quinto ano.

Ao redor do décimo ano de casamento, muitas mulheres já completaram a sua prole e atingiram o objetivo final de terminar todo e qualquer contato com seus maridos. Nessa época, ela deve fazer do seu amor pelos filhos e das pressões sociais elementos eficazes que mantenham o marido em casa.

Como já mencionamos anteriormente, a mulher, além de se manter alerta quanto a ter o mínimo de relações sexuais possíveis, deve também prestar muito atenção em limitar a espécie e a qualidade das relações sexuais. (..)

A mulher inteligente terá por objetivo nunca deixar que o marido a veja despida, nem que este se apresente despido. Praticar sexo, quando este não puder ser evitado, só em total escuridão. Muitas mulheres acham muito útil usar uma pesada e grossa camisola de algodão e providenciar pijamas para o marido, e não tirá-lo durante o ato sexual. Assim, um mínimo de corpo ficará exposto.

Uma vez que a noiva tenha colocado a sua camisola e apagado todas as luzes, ela deve deitar-se quieta e placidamente ao longo da cama e esperar pelo noivo. Não deve fazer qualquer ruído que possa, na escuridão, orientá-lo em sua direção; caso contrário, ele poderá interpretar isso como um sinal de encorajamento. Ela deve deixá-lo andar às apalpadelas no escuro. Existe sempre a esperança de que ele venha a tropeçar e sofrer alguma lesão, que, por mais leve que seja, possa vir a ser usada como desculpa para negar qualquer contato sexual. Quando ele a encontrar, ela deve permanecer tão imóvel quanto possível. Qualquer movimento de sua parte pode ser interpretado como excitação sexual. Se ele tentar beijá-la nos lábios, ela deve virar ligeiramente a cabeça de modo que o beijo alcance inocentemente as suas bochechas. Se ele tentar beijar-lhe as mãos, ela deve mantê-las com os punhos fechados. Se ele levantar a sua camisola e tentar beijá-la em qualquer outra parte do corpo, ela deve, imediatamente, puxar para baixo a sua camisola, pular da cama e anunciar que a mãe natureza a chama ao banheiro. Isso, geralmente, amortecerá o desejo dele de beijá-la em territórios proibidos.

Se o marido tentar seduzi-la com conversas lascivas, a esposa inteligente repentinamente lembrar-se-á de perguntar-lhe alguma coisa trivial e não sexual. Uma vez obtida a resposta ela deve prosseguir a conversação, não importando quão frívola ela possa parecer na ocasião. (...)

Ela deverá permanecer absolutamente calada ou falar sobre seus afazeres domésticos, enquanto ele realiza as manobras que o ato sexual requer. Sobretudo, ela nunca deverá emitir grunhidos ou gemidos durante a realização do ato sexual. Tão logo o marido complete o ato sexual, a mulher inteligente deverá começar a aborrecê-lo com conversas sobre tarefas que ela quer que ele realize no dia seguinte.

Muitos homens obtêm a maior parte de sua satisfação após a pacífica exaustão que se segue ao ato. Sendo assim, a mulher inteligente deve assegurar-se de que ele não tenha paz nesse período, pois, do contrário, ele logo se achará tentado a querer um pouco mais. A mulher inteligente deve se apegar ferrenhamente para que, sem descanso, atinja o seu principal objetivo de primeiro limitar e mais tarde anular completamente o desejo sexual dos seus maridos.

Nota1:
Para ver o texto no original (em inglês), na íntegra, clique aqui.
Nota2:
Quando de sua publicação no Balaio, o texto da Sra. Smythers - uma peça de humor involuntário - recebeu o título de Crônica da moral escrota.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ninguém merece...

Qualquer dia eu, prometo, paro de falar dO Globo, mas, por enquanto, continuo não tendo muita escapatória. Veja o que diz o panfleto, na sua versão online, na capa do portal, sobre a estréia do filme “Lula, o filho do Brasil”, do diretor Fábio Barreto: “Filme ‘Lula’ tem público abaixo do esperado.” Contudo, e apesar de não haver qualquer mentira na afirmação, a casca de banana é evidente quando abrimos a notícia e nos deparamos com os seguintes valores numéricos:

O estreante ‘Lula, o filho do Brasil’ (...) ocupou a 2ª posição no ranking arrecadando R$ 2 milhões nas bilheterias. Contrariando a estimativa da Downtown Filmes, que previa um público de 220 mil pagantes para o primeiro fim de semana do filme em cartaz, o público total de sexta a domingo foi de 193.364 expectadores.”

Veja bem, meu bem, o filme faturou, só na estréia, 2 milhões de reais, levou 193.364 expectadores aos cinemas, mas, como a Downtown, distribuidora de filmes nacionais, imaginou que iriam 220 mil pessoas, bem, aí, obviamente, o jornal decidiu (deduziu, achou, cometeu) por bem, “tascar” a tosca notícia no portal.

Por pura vontade de delirar comentarei um sonho que tive noutro dia, em companhia de uma bela cerveja, uma calabresa com muito limão e um cd pirata do Samba Enredo 2010 (tive digestão? Tive!): este filme foi selecionado e escolhido para disputar o Oscar... Ganhou! Putz, a notícia no portal O Globo: “Mesmo sem merecer, Lula leva Oscar”; a Folha: “Oscar faz politicagem e premia Lula”; a Veja, bem, a Veja nada disse. Civita teve um enfarto antes.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Esta foi devidamente roubada lá do (ótimo) Kibe Loco. Porque a verdade é ácida e o kibe é cru!

Haja coração!

Veja bem, IstoÉ a Época da política sem azeite ou óleo de peroba.

O então pseudo-pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, Lindberg Farias (PT) que, até ano passado, esperneou, gritou, fez beicinho, mostrou a língua para o próprio partido e, numa atitude de puro egocentrismo e antiPetismo, resolveu encarar o presidente nacional do partido, o presidente estadual e, quiçá, o próprio presidente Lula e fincou o pé: era candidato ao governo estadual, agora, de repente, não mais que de repente, fincou o outro pé: depois de tanto reclamar e agredir o governador Sérgio Cabral, resolveu se aliar ao Sérgio e disputar o Senado.

Veja bem (que isso não é um truque da direita moderninha, a coisa é assustadoramente feita por gente da... Sei lá, esquerda...) o nome do motivo que fez o nosso querido “Lind” mudar de idéia: R$100.000.000,00 em obras! Lindo, não? Pois é, durma, ou não durma, com um barulho desses. Barulho ensurdecedor do dinheiro entrando nos cofres do prefeito de “Iguaçu City”!

Lindberg, obviamente, nega tal fato. Em entrevista ao jornal O Globo, ele diz que quer que fique bem claro: isso (as obras) não foi o ponto central do acordo. Houve um pedido do presidente Lula. Outro fator determinante foi a derrota do nosso candidato (Lourival Casula) nas eleições do PT.

Claro, querido Lind, dito desta forma, “tá” tudo muito bem explicado!

A gente finge que acredita e você finge que é de graça.

.

PS.: O meu amigo de sítio, Flávio Lima, escreveu sobre o caso lá no Algodão Pólvora.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Posso falar?

Absolutamente chocante e desesperdor assistir aos noticiários sobre as enchentes que assolam os Estados do Rio e de São Paulo. No Rio, a cidade de Angra está “espiritualmente” destroçada, tamanha brutalidade, dor e aquela sensação esquisita de que somos pequenos. Como diria Gil: “o verdadeiro amor é vão”. Infelizmente, sabemos muito bem o porquê de certas “calamidades” e o porquê de certos políticos.

Na cidade onde moro, na Baixada Fluminense, as serras que antes eram verdes, hoje são conglomerados de casas sem quaisquer estruturas. Duplex no pé do morro, onde antes moravam árvores e longas raízes, sem alicerce ou engenharia, dá para imaginar o que vai acontecer? Pois é, chuva fina, uma semana inteira e, mais tarde, temporal. Adivinhem? Pensem em Chico: “Também tinha temporal, barranco, às vezes lamaçal ou o diabo...”

Não vou entrar no mérito do homem que o Brasil esqueceu de humanizar, legando-o a uma sobrevida pendular, desgraçada e instintiva. Um amigo relatou, angustiado, que, candidato a vereador, precisou subir num desses morros para falar de fiscalização e sobre como atuam os vereadores; chegando lá, encontrou 20 pessoas morando em casa de dois cômodos e compartilhando um banheiro externo com mais outras famílias de outras casas. Como falar sobre “exercer a cidadania” para quem a sociedade nunca tratou como cidadão? Não, não vou entrar neste mérito.

Vou adentrar no 2º parágrafo e dizer o seguinte: a multiplicação da desordem é culpa exclusiva dos governos que, politiqueiros e predadores em excesso, não impedem a proliferação do caos. Eles poderiam convocar a Defesa Civil e a Secretaria de Meio Ambiente e vetar toda e qualquer invasão nas áreas de risco – viu um barraco ser construído? Aciona a Defesa Civil e cadastra a família em um “Programa de Habitação Solidária” (ou qualquer programa que faça sentido). Como? Isso é muito difícil? Claro! Imaginem o “grau hecatombe” de impopularidade do político que expulsou, defenestrou, o “Grande Carrasco”; risco de nunca mais ser eleito! Portanto, como nenhum político é suicida, jamais veremos a regressão das favelas, das casas nas encostas, na beira dos rios, na praia adentro, etc. Politicamente inviável tomar tal decisão. Mais fácil rezar para que deus não deixe a encosta desencostar. Construir habitações para todos? Muito caro. Conforme-se com o que vamos oferecer: imprensa, desculpas, promessas e, bem lá no final, um “fodam-se”.

Agora, saio do 2º parágrafo e adentro este mesmo para merdalhar de vez: os governos, em uníssono, prometeram ajuda financeira a Angra, reconstrução, demolição, construção, não necessariamente nesta ordem. Governos federal e estadual lá estavam. E Caxias, na minha querida e maltratada Baixada Fluminense? Quase um mês de pura enchente e nem sequer o prefeito da cidade apareceu por lá. Quem anda ajudando os pobres, e, agora, sem-teto, são os outros pobres moradores, vizinhos de casa ou de bairro. “Alguéns” dos governos federal e estadual vão se manifestar (já que o municipal mandou às favas a população)?

E agora, José?

Bem, vamos começar o ano assim: Boris (que nunca foi Doris) finalmente mostra o que é uma vergonha.
Imprensa livre é isso: quando jornalistas também são desmascarados!