sexta-feira, 23 de julho de 2010

Deu na (ótima) coluna do jornalista Carlos Brickmann, no Observatório da Imprensa:

...mundo

Agora, o Brasil. Em Bauru, SP, uma cadeia foi assaltada (aliás, cadeia não: depois de 16 anos de Governo tucano, a cadeia agora se chama "unidade prisional", ou "centro de ressocialização" – soa mais chique). Roubaram oito leitões e dois cabritos. É um retrato do país: nem dentro da cadeia alguém está seguro.

Este é o meu Brasil!!!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Coisas da Folha



Coisas que a Folha destaca e coisas que a Folha não destaca...
Enfim, como resume de forma genial o jornalista P.H. Amorim:

Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Cara de pau: Serra faz campanha como “amigo pessoal” de Lula

Blogue Vi o Mundo

De repente, o candidato parece ter sido vítima de pedrada na cabeça. É o que depreendo do título de matéria saído na Folha de S.Paulo de 17/7: “‘Lula e FHC são mais parecidos do que parece’, afirma Serra”.

Por Washington Araújo, no Observatório da Imprensa (publicado com o título original “De carona na popularidade presidencial), via Vermelho

O texto é de uma sem-cerimônia de causar espécie. Vejamos como continua a matéria:

“Ao fazer campanha pelo estado natal de Lula, o candidato tucano à presidência José Serra disse que é ‘amigo pessoal’ do presidente e que o líder petista e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ‘são muito mais parecidos do que parece’. ‘O ouvinte aqui pode estar surpreso, mas eu conheço os dois’, disse Serra em Recife (PE), em entrevista a uma rádio local. ‘Ambos são, embora de maneira diferente, meus amigos pessoais, independentemente das diferenças em política’.”

Na mesma linha segue o vetusto Estado de S. Paulo, que, também em sua edição de 17/7, abre matéria com a manchete “Lula e FHC são mais parecidos do que parece”. Publicou o jornal:

“Indagado sobre quais seriam as semelhanças entre Lula e Fernando Henrique, respondeu: ‘São questões de natureza pessoal e psicológica, mas carinhosa. Ambos são, embora de maneira diferente, meus amigos pessoais independentemente das diferenças em política.’ Mais tarde, instado a explicar melhor a comparação, esquivou-se. ‘Foi uma observação curiosa, vai ficar por aí. Vou deixar todo mundo curioso’.”

Pensei: o que não faz um político para pegar carona de um presidente que bate seguidos recordes de aprovação popular? Todos, mas todos mesmo — à exceção de colunistas da Veja, Folha de S.Paulo e O Globo —, querem tirar uma casquinha da popularidade presidencial e, para conseguir o intento, são até mesmo capazes de adulterar o que já assumia ares de senso comum: não existe nada mais diferente que Lula e FHC.

Eles são tão parecidos quanto Barack Obama e Josef Stalin ou Leon Tolstoi e Ernest Hemingway ou, quem sabe, Ricardo Kotscho e Diogo Mainardi. Mais pessoas parecidas? Vamos lá. Lula e FHC são tão parecidos como parecidos são Edir Macedo e Roberto Irineu Marinho ou Michel Temer e Índio da Costa, ambos candidatos a vice-presidentes nas chapas de Dilma Rousseff e José Serra.

Diferenças e mais diferenças

Não precisamos ir muito longe para ir apontando diferenças. Mas, considerando que quem leu os jornais do dia 18 último poderia ingenuamente ser levado a concordar com a tonitruante assertiva do ex-governador paulista, uma vez que nenhum jornalista, articulista, colunista, comentarista de política ou de economia se atreveu a detalhar pontos de completa dessemelhança ou mesmo de alguma confluência, decidi listar apenas dez dessemelhanças que saltam aos olhos do leitor imparcial:

** Lula tem sensibilidade social, FHC tem sensibilidade econômica. Lula criou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. FHC criou o Conselho Nacional de Desestatização.

** Lula brilha em cima de caminhões, dispõe de apenas três escassos diplomas – o conferido em sua juventude pelo Senai e os dois de presidente da República, outorgados pelo Tribunal Superior Eleitoral. FHC brilha na academia, é festejado como o “Príncipe da Sociologia Brasileira”, é autor de diversos livros publicados em diversos idiomas.

** Lula viu o risco Brasil despencar para 200 pontos enquanto nos anos FHC o risco Brasil alcançou o recorde de 2.700 pontos. Lula pagou a dívida e ainda emprestou módicos US$ 10 bi ao FMI para socorrer a economia da Grécia. FHC não mexeu na dívida externa brasileira.

** Lula elevou o salário mínimo a US$ 210, FHC deixou o salário mínimo no último ano de seu governo em exatos US$ 78. O dólar no governo Lula baixou a R$ 1,78 enquanto no governo FHC alcançou R$ 2,79.

** Lula reconstruiu a indústria naval brasileira. FHC em seus oito anos de mandato não tratou do assunto. Lula criou dez novas universidades federais, FHC não criou uma sequer. Lula criou 214 Escolas Técnicas Federais, FHC passou em branco.

** No governo Lula, os valores e reservas do Tesouro Nacional alcançaram a cifra dos 160 bilhões de dólares positivos, no governo FHC este saldo era negativo em exatos 185 bilhões de dólares negativos. Lula deixará em andamento a construção de três estradas de ferro, FHC não deixou nenhuma.

** Ao assumir, Lula encontrou 80% das estradas rodoviárias em estado precário, ao deixar o governo saberá que 70% destas foram recuperadas. Sob FHC a indústria automobilística estava em baixa de 20%, sob Lula esta indústria verifica alta na casa dos 30%, estando o Brasil atualmente ocupando a 4ª posição mundial de maior fabricante de veículos do mundo.

** Nos anos Lula verificou-se acentuada mobilidade social: 23 milhões de brasileiros saíram da linha de pobreza. Nos anos FHC esse número chegou a 2 milhões de pessoas dando adeus à pobreza. Nos anos Lula foram criados 11 milhões de empregos. Nos anos FHC foram 780 mil empregos.

** Lula não privatizou nenhuma empresa estatal e, ao contrário, criou dez novas estatais, como a Empresa de Pesquisa Ferroviária (EPF), o Banco Popular do Brasil, a Empresa de Planejamento Energético (EPE), a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Hemobras, que fabrica hemoderivados, e o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). FHC privatizou joias da coroa como a Vale do Rio Doce e Empresas de Telecomunicação do grupo Telebrás como Embratel, Telesp, Telemig, Telerg, Telepar, Telegoiás, Telems, Telemat, Telest, Telebahia, Telergipe, Teleceará, Telepará, Telpa, Telpe, Telern, Telma, Teleron, Teleamapá Telamazon, Telepisa, Teleacre, Telaima, Telebrasília, Telasa. FHC privatizou empresas como Light (vendida ao grupo francês e americano EDF/AES), Eletropaulo (vendida para a empresa americana AES), Petroquímica União S.A… a verdade é que a lista é longa. A maioria das empresas estatais foi vendida a grupos internacionais: espanhol, italiano, mexicano. Em 2002, sob FHC, o Brasil conseguiu reduzir o número de estatais a meros 108 e, em 2010, sob Lula, o país passou a dispor de 118.

** Em dezembro de 2002 o Brasil era um país sem crédito no mercado internacional. Desde o primeiro mandato de Lula o Brasil conquistou o cobiçado investment grade. No período FHC o Brasil sofreu os efeitos de 4 arrasadoras crises internacionais. No período Lula, até mesmo a chamada “mãe de todas as crises”, aquela de setembro de 2008, comparada apenas à Grande Depressão Econômica de 1929, graças às reservas financeiras acumuladas pelo governo chegou aqui como “marolinha”. Para outros países, ainda em fase de penosa recuperação, continua surtindo efeitos de tsunami.

“Questões de natureza pessoal e psicológica”

É de admirar que nossa sempre ciosa grande imprensa tenha passado batida a oportunidade oferecida pelo candidato demo-tucano de explicitar a curiosa semelhança. Pelo jeito, o propósito da grande imprensa era outro: potencializar em suas manchetes o desejo de José Serra: sim, é melhor começar a ver semelhança entre Lula e FHC e, em consequência, semelhança entre Lula e Serra é apenas um passo.

Como disse o candidato, “são questões de natureza pessoal e psicológica, mas carinhosa”. Ah bom, ainda bem que ele explicou, porque senão a decantada similitude não encontra abrigo de natureza racional ou histórica. Psicológica, sim. Há que se abrir os olhos dos pernambucanos. Afinal, na Veneza brasileira Lula é aprovado por formidáveis 93% da população.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

!

O álcool é uma merda

A frase errada também, principalmente vinda depois do desejo, da enorme esperança de que o mundo acabe em sexo

Queria te pegar pela coxa

Respirar ofegante nos teus seios

Mas o álcool é uma merda.

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Queria deixar o teu corpo, este copo, essa lua

Queria parar com essa melancolia filha-da-puta que me leva a outros mundos passados, outras estrelas cadentes

Queria dizer que te amo

Suar nos teus cabelos

Mas o álcool...

JB (1891-2010)
Paradoxos impressos, notas para um obituário

Por Alberto Dines em 20/7/2010

Rodolfo Dantas, Joaquim Nabuco e Rui Barbosa pretendiam recuperar o liberalismo herdado da monarquia e liquidado pela ditadura militar republicana. O jornal foi empastelado, depois fechado, Rui Barbosa obrigado a exilar-se, o jornal depois compôs-se com o sistema. Todos se compõem com o sistema. Coisas do Brasil. Coisas do Jornal do Brasil

Dois grandes empresários e condes papalinos – Pereira Carneiro e Candido Mendes – o compram, depois brigam, Pereira Carneiro ganha a parada, mas a pendência arrasta-se por décadas no STF sempre engavetada na mesa do meritíssimo Luiz Galotti (cujos pareceres eram obrigatoriamente publicados com destaque).

O JB foi o jornal da cidade, jornal do Carnaval, depois "jornal das cozinheiras" (por causa dos classificados na primeira página), mas nunca deixou de ser o "jornal da Academia" [Brasileira de Letras] graças à presença na direção do pernambucano Aníbal Freire. Nesta condição deu guarita a muitos escribas, alguns sem caráter e sem talento, apenas dois verdadeiramente imortais: Barbosa Lima Sobrinho e Alceu Amoroso Lima.

A condessa Pereira Carneiro (née Maurina Dunshee Abranches), de uma família maranhense, recebia os conterrâneos com tapete vermelho: José Sarney foi correspondente em S. Luiz (demitido em 1962 porque só mandava despachos que o favoreciam como político). Outros tornaram-se estrelas do jornalismo: Nonato Masson, Ferreira Gullar e Odilo Costa, filho.

Renovação

Genro da condessa, Manoel Francisco do Nascimento Brito recebeu a tarefa de renovar o grupo (rádio e jornal) e o fez com audácia: tornou-se o primeiro publisherda imprensa brasileira. Fez da rádio um modelo de criatividade, entregou a direção do jornal a Odilo Costa, filho para torná-lo tão moderno e influente como o Correio da Manhã. Mas não sabia resistir aos acenos do poder.

Em agosto de 1958, o udenista Odilo publicou na primeira página uma foto de JK de braços abertos recebendo o secretário de Estado Foster Dulles com o título "Tenha paciência, mister". JK, o bonzinho, enfureceu-se, e Brito, que negociava um vultuoso empréstimo para reequipar o jornal, não teve dúvidas – afastou Odilo.

Coisas do Brasil, coisas do Jornal do Brasil.

Àquela altura, um grupo de jovens jornalistas (Reynaldo Jardim, Ferreira Gullar, Jânio de Freitas, Wilson Figueiredo, Araújo Neto, Luis Lobo, Carlos Lemos e outros), com a colaboração do escultor Amilcar de Castro, operavam a mais profunda, cabal e duradoura reforma editorial da imprensa brasileira. Envolvia o visual, conceito de jornalismo, estilo de texto, pauta. Uma revolução jornalística e cultural – jornalismo e cultura eram então inseparáveis. Revolução branca, literalmente, para acabar com a massa de elementos escuros (fios, títulos, fotos). Implantada gradualmente – só assim poderia se sustentar –, a mudança completou-se em 1959, quando chegou à primeira página.

Com a saída de Odilo, Nascimento Brito distanciou-se (ou foi distanciado) da redação, começou a reclamar, queria voltar atrás, recolocar os tais fios que separavam as matérias e acabou com o suplemento dominical, uma das jóias da nova fase.

Este observador chegou ao JB em 8 de janeiro de 1962, seis anos depois de iniciada a revolução orquestrada por Odilo. Nascimento Brito recebeu-o dizendo: "Amanhã quero um jornal diferente, com fios...". Foi-lhe dito que dentro de alguns anos o leitor talvez percebesse diferenças. No dia seguinte, de novidade apenas um fio fino para separar o logotipo da manchete com plena aprovação de Amilcar de Castro, que permaneceu no jornal por mais algum tempo [JB, edição do centenário, 9/4/1991, "Os fios do tempo"].

Nascimento Brito foi o primeiro publisher a contratar uma consultoria, a Montreal, para fazer um trabalho de reengenharia total. A empresa organizou-se, a redação organizou-se, a busca de qualidade tornou-se prioritária. Graças a isso o jornal ganhou espetacularmente os primeiros rounds no confronto com O Globo. Sem qualquer suporte de TV.

Declaração de guerra

Há exatos 38 anos, O Globo publicava um editorial na primeira página assinado por Roberto Marinho intitulado "O Dia que Faltava", rompendo o acordo de décadas que deixava o domingo para os matutinos e as segundas-feiras para os vespertinos. Era a declaração formal de guerra depois de tensas e demoradas negociações entre as duas empresas mediadas pelo deputado Chagas Freitas e o banqueiro José Luís Magalhães Lins.

O domingo – lindo por sinal – 2 de Julho de 1972 marcou o início da periodicidade diária na imprensa brasileira com circulação nos sete dias da semana. Sem truques para enganar o leitor, com fechamentos à noite, horário normal. Dia seguinte, 3/7, oJB invadia a segunda-feira. O Rio já não era a Capital Federal mas a sua imprensa estabelecia os padrões para o resto do país.

Quem ganhou? Sua Excelência, o jornalismo. Sem competição, jornalismo é fingimento. Não houve contratação de celebridades nem estrelas. A disputa foi travada pelos repórteres, fotógrafos, correspondentes nacionais e internacionais.

Uma das mais belas disputas na grande imprensa brasileira, centrada na qualidade, na garra profissional, na concorrência intrínseca, sem baixaria – o editor de O Globo era Evandro Carlos de Andrade, egresso do JB.

Mas os namoros do JB com o poder produziram logo em seguida outro sacolejo. No fim do ano seguinte, 1973, Nascimento Brito cometeu a insensatez de meter-se com os generais: apoiou o esquema para substituir o general Garrastazu Médici pelo seu Chefe da Casa Civil, o jurista Leitão de Abreu, contra a pretensão dos irmãos Geisel (Orlando e Ernesto).

Ganharam os Geisel. Brito apavorou-se, preocupado com a concessão de dois canais de TV e a manutenção dos empréstimos generosamente incentivados pelo ministro da Fazenda, Delfim Netto, para garantir a construção do suntuoso prédio da Av. Brasil e a compra de novas máquinas.

Antes de jogar-se nos braços da dobradinha GG – Geisel-Golbery –, faltava um bode expiatório. Depois de 12 anos, o editor-chefe foi afastado "por indisciplina".

Coisas do Brasil. Coisas do Jornal do Brasil.

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Em tempo: amuado com a críticas pela incrível adesão ao esquema Berlusconi, o jornalista Mino Carta escreveu um texto com título lapidar "O silêncio é de ouro". Aparentemente aposentou-se, mas sua carga de peçonha é inesgotável. Na edição deCartaCapital (21/7, p. 13) no registro sobre a morte anunciada do JB, mandou escrever o seguinte: "Em 1964, sob orientação editorial de Alberto Dines [o jornal] apoiou o golpe." Quem dá "orientação editorial" são os donos do jornal, mesmo no semanário chapa-branca que dirigia. Este observador foi editor-chefe do jornal e se orgulha do seu currículo profissional. Envergonhado, Mino Carta esconde o seu: jamais explicou aquela festinha na redação de 4 Rodas, da Editora Abril, quando subiu na mesa para comemorar a derrubada de Jango.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A Chata notícia da morte de um "puta" jornal de outrora

O Professor PC, botafoguense roxo (corrigindo: preto e branco) e jornalista que leva a sério o ofício, escaneou esta ótima coluna do Ruy Castro, na Folha de hoje.
Vamos a ela:



terça-feira, 13 de julho de 2010

O JB morreu

O (grande-hoje-inexpressivo) Jornal do Brasil deixará de circular em sua versão impressa (que existe desde 1891!!!) para, apenas, existir na versão online. As dívidas estão estimadas em mais de 100 milhões de Reais e as vendas são pífias – 17 mil exemplares nos dias de semana e 22 mil, domingo. A notícia está em O Globo.

Jornal que já teve Clarice Lispector, Carlos Drummond, Fausto Wolff, Alberto Dines, Fritz Utzeri, Zuenir, Cláudio Paiva, Armando Nogueira, Villas-Bôas Corrêa, Danusa Leão, Orlando Carneiro, Dora Kramer, Eloísa Seixas, Apicius, Sobrinho, entre outros zilhões de seres que fizeram escola no JB e iluminaram a nossa vida intelectual com textos tipicamente “JBerianos”.

O JB já foi o Jornal do Brasil. Morreu há algum tempo, mas sempre se adiava o enterro, pelas questões acima: era histórico demais. Infelizmente, 100 milhões de Reais negativos depois, o enterro está marcado. Ficará circulando online, que é como o éter ou o limbo. Quem sabe até reencarnar?

Quem sabe?

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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Viva Diadorim!

...mas não era a esquerda que via manipulação e fraude por todos os lados? Sei não... Parece que o José de Alencar e o seu Guarani ainda não conseguiram perceber que o tempo do romantismo imperial acabou.

Viva Diadorim!

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Representantes do PSDB nacional entraram semana passada junto ao TSE com um pedido de proibição da música "Eu gosto de mulher", da banda paulistana Ultraje a Rigor, durante o período de campanha eleitoral. A música, que fez sucesso a partir do final dos anos 80, faz em determinado momento a seguinte citação: "Mulher dona-de-casa, mulher pra presidente".

O partido acredita que a música caracteriza propaganda para a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, principal concorrente do partido tucano, e deve ser proibida de tocar nas rádios brasileiras durante o período de eleição. "É um absurdo, temos que ficar de olho neste tipo de propaganda discreta" - disse Sérgio Guerra, presidente do PSDB - "é preciso ter atenção, pois detalhes como este ficam na mente do eleitor e influenciam no momento do voto", completou em tom repreendedor.

Caso não consiga vetar a reprodução da música nas rádios, o partido pretende sugerir a substituição da frase por outra que não faça apologia a nenhum candidato - ou candidata - que dispute as eleições deste ano.

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NÃO HOUVE FRAUDE NA PESQUISA SENSUS DIZ PSDB


Antes de liberar a consulta na sede do instituto, em Belo Horizonte, a direção do Sensus convidou PT, PV e PSB para acompanhar a abertura dos dados aos tucanos. Apenas o PT foi ao local.
A pesquisa apontou empate técnico entre José Serra (32,7%) e Dilma Rousseff (32,4%). O PSDB entrou com representação na quarta-feira contra a pesquisa. Anteontem, teve autorização para checar os 2.000 questionários.
À Folha, o cientista político Fabrizio Tavoni, contratado pelo PSDB, disse que não havia indícios de fraude. O trabalho entraria pela noite. Ricardo Guedes, diretor do instituto, disse que chamou os partidos para dar transparência ao ato.
Ao final, o presidente do PT-MG, Reginaldo Lopes, disse que o questionamento do PSDB era "absurdo" e que pode pedir a abertura da pesquisa do Datafolha de março. "Fizemos várias pesquisas para ver o cenário de Minas na mesma data em que o Datafolha, e em Minas deu 31% a 33% para o Serra. O Datafolha diz que Minas deu 40% a 25%."
Na pesquisa Datafolha feita em 25 e 26 de março, Serra obteve 40% contra 24% de Dilma na região Sudeste (SP, RJ, ES e MG). O último levantamento por Estado feito pelo instituto foi de 14 a 18 de dezembro de 2009. Em MG, Serra ficou à frente, com 39% contra 20%.

Sei não...

No dia 22 de dezembro de 2009, no alto do meu delírio cervejeiro, escrevi o texto abaixo. Ainda não se concretizou o Aécio no PMDB, mas alguém pode cravar alguma certeza sobre isso não acontecer para 2014? Sei não...
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O presidente Lula acha muito difícil que o governador de Minas (e adepto da imprensa amordaçada), Vossa (ou de quem quiser) Excelência Neto de Alguém Neves, aceite disputar as eleições presidenciais como o “vice” do governador de S. Paulo (lá dentro e lá fora), Vossa (jamais “nossa”) Excelência E Agora José (?) Serrote. Penso como o Lula dedinho mindinho e explico.

Acredito que a primeira questão seja bastante simples: e se as duas melhores fichas do PSDBesta perderem para a Dilma e seu vice (que não seja o Temer, pelo amor de deus!)? O que acontece com o fragmentado e sozinho partido depois das eleições? Vai chorar nos ombros do aliado ultra-direitista-ditatorial-e-coronealista DEMoníacos? Acredito que FHC, apesar de estar caducando e com um pé no inferno, ainda preserva alguma intelectualidade e não permitirá que o seu tucano queime (caso perca as eleições) dois nomes de peso. É bom lembrar que tucano não é Fênix, portanto, não renasce das cinzas.

Já a segunda questão é muito óbvia, mesmo que nada simples: o ego dos dois ultrapassa o quinto céu de outubro. Não consigo imaginar o Neto Neves, depois de trabalhar tanto o seu currículo, não permitindo que a imprensa crítica atue ou mesmo comendo a Srª famosa de biquíni, queira competir para ser o 2º da turma.

O presidente Lula acha difícil? Pois vou colocar as minhas maltrapilhas fichas, sem credibilidade, na mesa e apitar o seguinte: Sr. Neves não estaria abrindo uma excelente margem para mudar de partido, voltando às origens da família? Será que ele nunca cogitou o PMDB? Serra que se cuide.

Tenho 80% de chance de errar monstruosamente, mas se vocês virem Lula conversando com Neves e, futuramente, uma reviravolta na política... Não olhem para mim!