quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Os dados de Deus e a Suma irracional

Abriu um boteco novo na web. Trata-se do Sumairracional. Há quem diga tratar-se apenas de uma fachada para uma casa de tolerância que abriga no seu interior jogatina, beberragem e prática de folguedos sexuais inusitados. É possível que assim seja, já que o idealizador e administrador do estabelecimento é o jornalista Roy Frenkiel, que se auto-intitula cidadão do mundo, atualmente homiziado em Miami (na verdade, é mineiro de Belo Horizonte e viveu um tempo em Israel. É procurado pela polícia dos dois países por delitos mantidos sob severo segredo de justiça).

Convidado para integrar a quadrilha, o lumpen que reside na minha alma (sem pagar aluguel) assumiu o comando das ações e imediatamente aceitou. Depois me arrependi, considerando que sou um cidadão respeitável, um esteio da comunidade, exemplo a ser seguido pelas novas gerações e, ainda, alvo de afetos de moças e nem tão moças assim de fino trato. Ou seja, creio que não será benéfico para a minha imagem pública ser visto em companhias suspeitas como a de RF, Henrique de Almeida, também jornalista (aonde vamos parar, em Deus!), Armando Asnor, geólogo e ateu (pobre Mãe Terra!), e Marcos Rezende Scollazzi , o Jiló (o fato deste elemento estar em liberdade é um atestado de falência dos sistemas judiciais do Brasil e dos EUA). Por esta razão vou transferir a tarefa de escrever quinzenalmente para um dos meus companheiros de pândega – o Caloca, o Jorjão, o Lara, a Dona Veridiana (a sogra do Lara), a Odaléia, minha vizinha fofinha, ou a assanhada da Marisinha (“Eu quero, eu quero!”, ofereceu-se a bela). Bem, mas por enquanto quem está lá sou eu, falando das trapaças do destino e dos desígnios de Deus.

Espero-os lá.

Ah, o bando tem uma musa: Beti Carabina, matriarca do bas fond do Jardim Vila Nova.

Jens, o Combatente!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Do desejo (trecho)

I

Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.
Antes, o cotidiano era um pensar alturas
Buscando Aquele Outro decantado
Surdo à minha humana ladradura.
Visgo e suor, pois nunca se faziam.
Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo
Tomas-me o corpo. E que descanso me dás
Depois das lidas. Sonhei penhascos
Quando havia o jardim aqui ao lado.
Pensei subidas onde não havia rastros.
Extasiada, fodo contigo
Ao invés de ganir diante do Nada.

- Hilda Hilst

Esta delícia foi extraída do (excelente) blogue Por um Triz.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ela!

Por: Sérgio Luz

Sair da vida para um cemitério, é comum, acontece com todo mundo. Mas sair de um cemitério para a vida, só mesmo simbolicamente. Pois foi o que aconteceu com uma gaúcha chamada Elis Regina Carvalho Costa que, em 36 anos de vida, gravou 27 LPs, 14 compactos simples e seis duplos, que venderam um total de quatro milhões de cópias – um número até hoje impressionante.

Em poucos anos, Elis sai do Inferno para o Paraíso. Ao Inferno, ela chega ao ser “enterrada” no Cemitério dos Mortos-Vivos do Cabôco Mamadô – para onde o cartunista Henfil, no semanário O Pasquim, mandava pessoas que, na opinião dele, colaboravam com a ditadura militar no início da década de 70. Ao Paraíso, Elis ascende ao liderar um grupo de artistas de esquerda (Fagner, Belchior, Gonzaguinha, João Bosco, Macalé e Carlinhos Vergueiro, entre outros), que faz vários shows para levantar dinheiro para o Fundo da Greve do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, no ABC paulista, em 1979.
Essa vivência política é um lado pouco conhecido de Elis Regina que, aos 18 anos, foi sozinha para o Rio de Janeiro, onde chegou a morar num quarto-e-sala na Rua Barata Ribeiro, 200, em Copacabana (um prédio tipo balança-mas-não-cai, celebrizado numa peça de teatro, “Um Edifício Chamado 200”, de Paulo Pontes).

Em 1965, acontece o estouro: Elis vence o I Festival de Música Popular, da TV Excelsior, com “Arrastão”, de Edu Lobo e Vinicius de Moraes. Elis fez pelo menos três shows antológicos: Falso Brilhante (1975), Transversal do Tempo (1977) e Saudade do Brasil (1980). Dos seus discos, a maioria de qualidade acima da média, o melhor é o que gravou com Tom Jobim, em 1974, nos EUA, considerado uma obra-prima, mesmo por quem não gosta de Elis Regina. Por causa do seu gestual no palco, agitando os braços como se nadasse de costas, Elis foi chamada de Elis-Cóptero e Élice-Regina, mas o apelido que pega, mesmo, é o que lhe dá Vinicius: Pimentinha. Sim, porque, dali em diante, já como estrela conhecida no país inteiro, ela iria, por assim dizer, apimentar muitos aspectos da vida cultural brasileira, durante praticamente duas décadas.

Do cemitério à anistia – O episódio mais apimentado da vida de Elis, sem dúvida, foi o seu “enterro” no Cemitério do Cabôco Mamadô. Lá, ela fez companhia a gente como Wilson Simonal, Amaral Neto (um deputado carioca de direita, defensor da pena de morte e alcunhado de Amoral Nato), e Flávio Cavalcanti (um apresentador de TV que liderou, metralhadora na mão, a invasão e depredação do jornal Última Hora, no Centro do Rio de Janeiro, logo no início de abril de 1964).

Elis foi “enterrada” por Henfil por duas atitudes em relação ao Governo Federal, na época chefiado pelo ditador-de-plantão general Garrastazu Médici, o mais sanguinário dos militares-presidentes. Primeiro, foi a gravação de uma chamada veiculada em todas as TVs, a partir de abril, conclamando o povo a cantar o Hino Nacional no dia 7 de setembro de 1972. Foi o ano do Sesquicentenário da Independência, uma data que a ditadura aproveitou ao máximo (inclusive com a organização de uma Mini-Copa de futebol, vencida pela Seleção Brasileira).

Vários outros artistas também apareceram em chamadas de TV, promovendo a Olimpíada do Exército, em filmes produzidos pela Assessoria Especial de Relações Públicas da Presidência da República. A AERP foi uma reedição atualizada do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) do Estado Novo (1937-1945). Por isso, Marília Pêra, Paulo Gracindo, Tarcísio Meira e Glória Menezes, entre outros, também foram “enterrados”.
A segunda atitude de Elis que provocou a ira-santa de Henfil (e um segundo “enterro…”) foi a apresentação dela na Olimpíada da Semana do Exército, em setembro do mesmo ano, 1972.

Hoje, mais de 30 anos depois do Cemitério do Cabôco Mamadô do Pasquim, é preciso entender aqueles tempos-de-chumbo para compreender a postura radical de Henfil. Vivia-se um momento de intensa repressão política. Mas a razão principal do “enterro” de Elis, está no próprio Henfil – um artista engajado que não fazia concessões, e pagou por isso –, que tinha um irmão exilado, o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, um militante que fugiu do Brasil para não ser assassinado pelos órgãos de segurança.

E Betinho, indiretamente, teve a ver com um dos motivos para a passagem de Elis do Inferno para o Paraíso: a gravação, em março de 1979, de uma das músicas politicamente mais engajadas da MPB, “O Bêbado e a Equilibrista”. De João Bosco e Aldir Blanc, a música foi uma espécie de hino de um dos mais importantes movimentos políticos da História do Brasil: a luta pela anistia ampla, geral e irrestrita. A campanha foi lançada em janeiro de 1978, com a criação do Comitê Brasileiro de Anistia (CBA), no Rio de Janeiro. “O Bêbado e a Equilibrista” – que emociona até hoje, fala na “volta do irmão do Henfil”. Na época, Betinho – que, como Henfil e o outro irmão, Francisco Mário, era hemofílico e pegou Aids numa transfusão de sangue – estava no México, esperando, justamente, a anistia.

Elis e Henfil: cara-a-cara – O “coveiro” Henfil e sua “defunta” Elis acabaram se encontrando, por iniciativa dela. Sobre esse momento, Henfil deu, três anos depois da morte da cantora, um depoimento tão sincero quanto comovente a Regina Echeverria, autora de “Furacão Elis” (Nórdica – Rio de Janeiro, 1985). O cartunista não pediu desculpas por tê-la “enterrado”, mas se arrependeu. Os dois acabaram amigos sinceros, trabalharam juntos e se falaram até dois meses antes da morte da cantora. Com a palavra, Henfil:
– Foi igualzinho a hoje. De repente, os artistas são arrebanhados pelo Governo, só que – eu não sabia – debaixo de vara, de ameaças, para fazerem uma campanha da Semana do Exército. O que eu vi, na realidade, foi o comercial de televisão. Me aparece o Roberto Carlos dizendo: “Vamos lá, pessoal, cantar o Hino Nacional”. E, de repente, a Elis surge regendo um monte de cantores, de fraque de maestro, regendo o Hino Nacional. E nessa época nós estávamos no Pasquim e eu, mais que os outros, contra-atacando todos aqueles que aderiram à ditadura, ao ditador-de-plantão. (…). Eu só me arrependo de ter enterrado duas pessoas – Clarice Lispector e Elis Regina. (…) Eu não percebi o peso da minha mão. Eu sei que tinha uma mão muito pesada, mas eu não percebia que o tipo de crítica que eu fazia era realmente enfiar o dedo no câncer. Quando nos encontramos anos depois, (…) fomos jantar numa cantina perto do Teatro Bandeirantes e ela fez questão de sentar na minha frente. (…) De repente, ela começou a falar: “Pô, bicho, eu te amo tanto, bicho, te gosto tanto”. E eu já não estava gostando dessa história de “bicho”, porque eu não gostava do jeito que ela falava, nunca gostei. Daí me irritei e disse: “Elis, o que você está querendo dizer com isso? ”. Aí, ela começou a chorar. As pessoas na mesa enfiaram a cara no prato, todos sabiam o que eu tinha feito, só eu não sabia. Ela disse: “Pô, você me enterrou”, e começou a me esculhambar, dizendo que aquilo foi uma covardia, que ela estava ameaçada. (…) Elis nunca me perguntou se eu estava atacando porque ela estava defendendo um regime militar que queria matar meu irmão. (…) Resolvi engolir. Ela terminou de falar, entendeu meu subtexto: “Tá, Elis, eu aceito”. (…) Evidente que os militares estavam pressionando o país inteiro. Eu sabia disso, os militares faziam censura prévia no meu jornal (Pasquim), presença física, todo dia. (…) Então, tinha todo o direito de criticar uma pessoa que ia para a televisão se entregar. Eu não mudei em nada e ela percebeu isso. (…)

– Ela tinha a preocupação de me provar que tinha mudado. Que continuava uma pessoa de confiança ideologicamente. (…) Como se eu fosse inspetor de quem não é de esquerda. Aí, mandava dinheiro: do show que fez no Canecão, inclusive para que eu entregasse aos grevistas de São Bernardo. (…)

No enterro, uma roupa censurada – A atividade política de Elis Regina não se limitou apenas aos shows para os grevistas do ABC ou à gravação do Hino da Anistia. Por exemplo: ela se engajou no esforço de vários artistas para saber o paradeiro do pianista Tenório Júnior, que fazia uma excursão a Buenos Aires, acompanhando Vinicius de Moraes e Toquinho. O músico foi preso na rua, em março de 1976 – sem documento, quando ia a uma farmácia comprar remédio para asma – possivelmente confundido pela repressão argentina com um guerrilheiro.

Elis casou duas vezes (com o compositor Ronaldo Bôscoli e com o músico César Camargo Mariano), e teve três filhos (o músico e produtor João Marcelo Bôscoli e os cantores Pedro Mariano e Maria Rita). Morreu em São Paulo por overdose de cocaína, às 11h45 do dia 19 de janeiro de 1982. O velório foi no Teatro Bandeirantes, por onde passaram mais de 60 mil pessoas. No dia seguinte, 20 de janeiro, Elis é enterrada no Cemitério (de verdade) do Morumbi. Seu corpo vestia uma roupa que ela foi proibida, pela Censura, de usar no show Saudade do Brasil – uma camiseta com um desenho da Bandeira do Brasil onde, no lugar do “Ordem e Progresso”, estava escrito: ELIS REGINA. Quer dizer: Elis Regina Carvalho Costa, politicamente falando, riu por último ao ser enterrada com a roupa censurada. Tanto que, hoje, é lembrada pela música “O Bêbado e a Equilibrista” e a anistia, e não pela sua “passagem” pelo Cemitério dos Mortos-Vivos do Cabôco Mamadô do irmão do Betinho.

  • Este primor de texto pode ser encontrado aqui ou aqui

É claro que é preciso fechar este texto com “O Som”!

Aí vai:




sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Quando a informação atira no próprio ouvido

Abro a página do Observatório da Imprensa todas as terças e, ao longo da semana, vou digerindo o que não consegui ler, mas que se mostrou interessante. Óbvio que Dines me é referência neste Observatório, assim como a coluna do Brickmann, do Bucci, entre outros.

Contudo, esta semana, o ódio do jornalista Dines chegou ao universo desvairado da notícia que te leva para a esquerda tentando te jogar à direita. Intitulada Mídia, religião e ódio, o autor disseca o período conturbado da política e da mídia americana (estadunidense), relata os abusos de Sara Palin, a repercussão nos veículos midiáticos e sobre como a Fox News funciona como uma propagadora da intolerância (totalmente idiota, posto intolerância, e hitlerista) da extrema direita. Até aí, tudo bem, certo?

Errado. Na verdade, a coluna fica muito clara no 5º parágrafo. O chamamento do texto é apenas um pano de fundo para o jornalista atacar a esquerda brasileira (?), nomeando-a quase como uma pseudo-talibã-tupiniquim, agente dos males brasileiros e da febre amarela lunática dos jornalistas que não tem mais o que escrever. Claro, a esquerda e a sua ortodoxia corrosiva e intransigente é a grande vilã dos jornais sérios e parciais que temos no Brasil, assim como as corretas emissoras de rádio e televisão. A esquerda, sempre raivosa, é capaz de dinamitar a constituição apenas para ver o sangue puro dos coitadinhos.

Certo, Dines, concordo contigo. Mas...Me diga uma coisa: José Serra é esquerdista? Porque a cruzada cristã que a sua trupe fez contra a Dilma foi de uma sem-vergonhice e irresponsabilidade sem tamanho! Digna dessa esquerda que você diz ser o demônio. E a Rede Globo? Aquela bolinha de papel terrorista foi de um mico sem tamanho e, no dia seguinte, a reafirmação do terrorismo com edição de imagem foi mais grotesco ainda; uma vergonha! Certamente que a Globo está inserida nesta sua esquerda absurda e virulenta! E a Veja? Putz...

Porque, caro jornalista, se não tiver, vê se te calas!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sobre maracujás e ninhos



Ela não conhecia a história do Labirinto de Creta e tampouco ouvira falar do novelo de Teseu, mas quando das suas insólitas viagens pela Caatinga, costumava levar uns grãos de milho que a guiariam de volta para casa.
Procurava as latadas de maracujá do mato, ao seu ver, erroneamente chamado de brabo, já não presenciara qualquer atitude tempestuosa que lhe valesse a alcunha.
Como esquecer o sabor das frutas e de como a mãe ficava bonita quando ornava os cabelos com as majestosas flores roxas matizadas de vermelho?
No dia em que se deslumbrou com o primeiro prato do que lhe pareceu fios de tecer redes, cismou que aquilo dava em árvores e daí em diante os passeios se tornaram mais longos e os maracujás já não eram objetos exclusivos de busca nas aventuras subsequentes.
Jamais encontrou o tão cobiçado pé de macarrão e desconfiava que eles nasciam mesmo era embaixo da terra, escondidos feito batata doce, ou quem sabe, brotavam do ninho enroladinho dos rouxinóis que vira pendurado junto ao silo de feijão do Vô Joca.


...



Queria dizer alguma coisa, mas no momento...
Fico com o poema - este sempre desajeitado representante do pulso, da saliva simbólica.


a nuvem cai
vem duma vez
a água turva
inunda o mundo
e eu não tenho
notícias tuas

deus te proteja

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Lobão

Hoje eu publicarei o que não costumo fazer, por isso peço licença à Vais e parafrasearei o seu modo: hoje postarei O Som! Aliás, os sons.

Não sei se por ele nunca se levar a sério o suficiente (ou ser muito louco para isso), a crítica caiu na onda e sempre o desdenhou. A verdade é que ele é um artista pulsante, cantando, muitas vezes, o que preferimos esconder. É um puta desbravador do POP tupiniquim que eu, particularmente, aprecio.

Lobão é a própria metamorfose ambulante e o não-é-o-que-não-pode-ser-que-não-é. Contraste, penumbra, claro-escuro; o sujeito é um barroco carnavalesco e escrachado, mas genial. Sem dúvida. E por estar com este artista na cabeça esta semana toda, publico duas músicas que, na minha modesta opinião, deveriam receber um olhar mais simpático das rádios, pois são tremendos exercícios de composição.

El Desdichado II é de uma realidade vomitada e autoreferente impressionante. Bem escrita e musicada, é a típica “música com culhão” (perdoem-me o machismo).

A Vida é Doce é outra joia rara. Lobão cometeu um álbum fantástico, vendido em banca de jornal.


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Estou pagando aos poucos outra joia de beleza rara: a coleção Chico Buarque – Editora Abril. Box e encarte maravilhosos. Vale a coleção!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A torcida para que Lula abandone a política

Por Luiz Carlos Azenha

Eles não descansam nunca. Primeiro, lá atrás, bem antes da eleição, eles diziam assim: Lula não fez nada, apenas não mexeu no governo Fernando Henrique que, para todos os efeitos, continua. Ou: Lula teve sorte, pegou uma conjuntura internacional favorável e apenas surfou nela (pré-crise econômica mundial). Mas os argumentos para desmerecer Lula e seu governo não pararam por aí. Lula não redistribuiu renda, apenas “transferiu” renda do governo para os mais pobres (este é o favorito da esquerda que a direita ama).

Depois que Lula escolheu Dilma, os argumentos passaram a ser: quem é este poste? O poste não dá conta. O poste não vence eleição. Vejam o caso do Chile, o poder de transferência de votos de Lula é limitado.

Com Dilma eleita, mudou o disco: não existe governo Dilma, Lula dá muito palpite, Lula está indicando ministro, ainda não ouvimos a voz de Dilma.

Com Dilma empossada, agora o disco é: Lula não consegue deixar o palácio, Lula não consegue se aposentar, Lula quer voltar em 2014. O objetivo, neste momento, é óbvio: tirar Lula do jogo político para enfraquecer Dilma.

Se um presidente fracassado como FHC continua na política, por que Lula se aposentaria?