o blogue Sétima Letra é sempre acessado quando procuro uma brisa, um acalanto. A beleza das palavras que lá encontro é como um bálsamo. A verdade é que Ro Druhens sabe ser beleza.
Vamos à produção do poema em prosa:
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E o Renato jogava basquete no clube onde a Alice ia debutar. Tempo dos Beatles. Mas foi durante a Valsa dos Namorados que o Renato disse no ouvido da Alice "I love her"... Naqueles idos o Renato não falava inglês, era tempo de pré-nomes e o Renato desconhecia os pronomes. Mas a Alice entendeu que aquilo era um I love you e no dia seguinte foram ao cinema.
Primeiro beijo na boca.
E o Renato fazia Engenharia na mesma faculdade aonde a Alice fazia Sociologia. Tempo de bossa-nova. E foi depois de uma reuniãozinha de violão que o Renato disse pra Alice "quero a vida sempre assim, com você perto de mim...” Naqueles idos a Alice andava muito engajada nos movimentos estudantis, era tempo de nomes de guerra e a Alice achava o amor muito burguês. O Renato entendeu que aquilo era um adeus e no dia seguinte não telefonou.
Primeira lágrima.
E o Paulo, marido da Alice era diplomata e foram morar na Bélgica. E a Lúcia, mulher do Renato era pianista, com agenda de concertos na Europa. Tempo de Pavana para uma Infanta Defunta...Naqueles idos a Alice andava entediada, era tempo de sobrenomes e o Renato achava o casamento muito frágil. Depois de tantos anos, o foyer do teatro. O Paulo entendeu que deveria convidar a Lúcia e o Renato para jantar, e houve afagos nos olhares e saudade nos gestos.
Primeiro arrependimento.
E o Paulo morreu num acidente. E a Lúcia pediu o divórcio. Tempo de Cazuza... Naqueles idos a Alice foi morar no sítio, era tempo de codinome beija-flor e o Renato namorou Ana Maria. Até que um dia, na fila de check-in em um aeroporto... E a Ana Maria viajou sozinha.
Primeiro amor, eterno amor.
Primeiro beijo na boca.
E o Renato fazia Engenharia na mesma faculdade aonde a Alice fazia Sociologia. Tempo de bossa-nova. E foi depois de uma reuniãozinha de violão que o Renato disse pra Alice "quero a vida sempre assim, com você perto de mim...” Naqueles idos a Alice andava muito engajada nos movimentos estudantis, era tempo de nomes de guerra e a Alice achava o amor muito burguês. O Renato entendeu que aquilo era um adeus e no dia seguinte não telefonou.
Primeira lágrima.
E o Paulo, marido da Alice era diplomata e foram morar na Bélgica. E a Lúcia, mulher do Renato era pianista, com agenda de concertos na Europa. Tempo de Pavana para uma Infanta Defunta...Naqueles idos a Alice andava entediada, era tempo de sobrenomes e o Renato achava o casamento muito frágil. Depois de tantos anos, o foyer do teatro. O Paulo entendeu que deveria convidar a Lúcia e o Renato para jantar, e houve afagos nos olhares e saudade nos gestos.
Primeiro arrependimento.
E o Paulo morreu num acidente. E a Lúcia pediu o divórcio. Tempo de Cazuza... Naqueles idos a Alice foi morar no sítio, era tempo de codinome beija-flor e o Renato namorou Ana Maria. Até que um dia, na fila de check-in em um aeroporto... E a Ana Maria viajou sozinha.
Primeiro amor, eterno amor.
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Ro Druhens
Um comentário:
Amo a Ro, MARCELO. Escritora da melhor qualidade!
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