Extraí as palavras do blog de uma querida amiga, Fernanda (mas não é por isso que está aqui!). Digo palavras porque a poesia está na mão, o poema veio por sonhos (dela) e deixou-a para habitar em nós. Onde encontrar?
I
Na textura do tempo,
meu
ser no mundo.
Tecido velho,
fiapos da vida.
Recortes
na tessitura
incessante do devir.
Venho
de longe,
das encostas da memória.
Sorvo
tudo que alcanço.
Verto
[retocados]
traços engolidos
e
renasço de tudo que fui,
sou,
hei de ser.
Assim
me encontro,
me perco.
Mas
[sempre]
retorno
ao ponto.
Na textura do tempo,
meu
ser no mundo.
Tecido velho,
fiapos da vida.
Recortes
na tessitura
incessante do devir.
Venho
de longe,
das encostas da memória.
Sorvo
tudo que alcanço.
Verto
[retocados]
traços engolidos
e
renasço de tudo que fui,
sou,
hei de ser.
Assim
me encontro,
me perco.
Mas
[sempre]
retorno
ao ponto.
II
O ponto
não é somente um ponto.
O ponto
é uma incógnita.
Pode ser o final,
o começo.
[Quiçá um recomeço!]
O ponto
é o talvez,
possibilidade
de novas portas,
velhos encontros.
O ponto
: um ignoto.
Preciso desvendar
o significante
que ele trás.
O ponto,
que me perfaz.
4 comentários:
Gostei, Marcelo. Um poema reflexivo, quase filosófico, e muito bonito. Um beijo e bom domingo.
A Fernanda é ótima, MARCELO!!! Gostei demais!
É sempre bom ler (reler) a Fernanda.
Marcelo! Quanta honra. Obrigada amigo. Nem sei se mereço.
Beijos.
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