Está em O Globo, versão online, de hoje: “Bispos católicos fazem abaixo-assinado contra programa de direitos humanos. Vannuchi diz que aborto será excluído.” Foram um total de 67 bispos. Eles assinaram a rejeição de alguns pontos do III Programa Nacional de Direitos Humanos. “A nota, do dia 28 de janeiro, reafirma a posição da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) contra a descriminalização do aborto, a união de pessoas do mesmo sexo e a ideia de impedir a ostentação de símbolos religiosos”, diz-nos o primeiro parágrafo da matéria.
Aqui entra o meu itálico, pois estou discursando:
“A CNBB, os 67 bispos católicos, protestantes, o pastor João (da Igreja Invisível), todo o pessoal cristão da Igreja do 7º Quadrado redondo do Objeto Triangular do número 12, mais outros tantos religiosos que não vem ao caso, podem se manifestar o quanto desejarem; eles, enquanto religiosos e defensores da bíblia (que escrita há trocentas bolinhas de anos, prega isto mesmo), possuem o direito constitucional e inalienável de defender suas concepções de “religare”. Agora, o Governo Federal, ou quaisquer outros Governos, empregados de todos os cidadãos, crentes ou descrentes, não podem se sujeitar a pressão de gente que não deveria meter o bedelho nos assuntos do Estado. Quem vende o produto “Cristo” (porque com filosofia ou sem ela, é tudo comércio, ou o Vaticano se sustenta de ar?) não pode tentar intervir em quem vende Democracia, até porque, a visão teocrática acredita em Jesus, o Cristo, como ‘Estadista-Ditador’, nunca foi ou será um movimento democrático.”
Acredito em deus, sou fã de carteirinha do barbudinho Jesus (apesar de entortar o nariz para o seu modelo X-men que os cristãos tentam empurrar garganta abaixo), sua filosofia e estilo de vida, mas o Estado é laico e precisa, indefinidamente, ser voltado para todos os seus! E, no Brasil, milhares de crenças são diariamente manifestadas, assim como várias correntes ateias também. E os ateus, meus amigos, também são “filhos de deus”, ou não? Alguns temas são complexos e/ou polêmicos, mas a CNBB é uma corrente dentro do grande cordão que é a sociedade.
2 comentários:
Marcelo, como sabe, sou ateu. E embora concorde plenamente com seu "discurso" (aliás, muito bem humorado), queria fazer uma observação "enjoada".
Os bispos da CNBB são um exemplo de coerência! Repare:
Para um católico, não é a Igreja que tem que se adequar ao Estado e à sociedade, mas sim o contrário; a Igreja antecede e é superior ao Estado e as regras da vida social (isso na visão de muitos católicos).
É por isso que, sinceramente, não acredito no pleno entendimento entre as diferentes crenças, nem no futuro mais longínquo.
Um abraço.
Olás Professores,
Texto fino, Marcelo, e certeiro o comentário do Halem, e vou acrescentar que esses muuuiiiiiitos, pois são muito mais que os muitos ditos pelo Halem, fazem parte da cúpula da igreja católica, que sempre, sempre, sempre se impuseram como os detentores da salvação, este negócio, ahaha, o negócio é mesmo um negócio e dos bem lucrativos, o da salvação, as evangélicas, que é tudo cristão, tão num crescimento, que até assusta.
Ô Professor, vou te falar, que este assunto de igrejas/religião/cristianismo tem me dado no sangue, moço, tenho dito que ninguém, absolutamente ninguém merece caridade de cristão nenhum, por aqui por perto de onde moro, são pelo menos umas sete, entre igrejas e templos, e, rapaz se agente não segura a onda o troço te engole
tô lendo O Anticristo de Niezstche, quando terminar, lerei novamente, e veja há quanto tempo ele já escrevia "no fundo só existiu um cristão, e esse morreu na cruz."
então tá,
abração
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