Em Mesquita, cidade da Baixada Fluminense (outrora "escrava" de Nova Iguaçu), alguns fogos "pipocam" no ar devido uma comemoração de futebol e alguém sai correndo aos gritos de: "ai, meu Deus!", pensando ser tiros. O Rio de Janeiro anda com muita dificuldade ultimamente. O nosso Governador descobriu só agora (?) que, apesar das boa intenções que tem, os (des)governadores que por aqui passaram confundiram (ou não?) tempo e espaço ao adotar para a nossa querida cidade a política romana do pão-e-circo.
A violência física e generalizada é puro reflexo do que fizemos (ou deixamos de fazer) com este Estado. Digo nós porque omissão também é envolvimento; ao deixar tais "representantes do povo" soltos e impunes para a realização do que lhes veio à cabeça (se não foi vômito, foi fezes) temos uma grande parcela de culpa na história do desenvolvimento para pior do Rio, caso cômico sobre crescimento de algo que todos querem pequeno e atrofia da felicidade social. Fundamos tantas ONGs (que só existem, em sua grande maioria, onde o Estado se ausentou) que já existem até as que, ao contrário da filosofia inicial, estão se prostituindo por um trocadinho a mais no "caixa 2" nosso de cada dia.
Outro exemplo do nosso caos? João Hélio foi arrastado por 15 minutos e quatro bairros - a brutalidade anda medieval nos tempos modernos. Os culpados estão encarcerados e nós também. Estamos sendo arrastados por uma eternidade não-temporal em milhares de bairros onde o crime está virando objeto de ficção.
Com todos os bons cidadãos se debruçando sobre um problema que parece crescer a cada 15 minutos, a lei continua debruçada e perplexa diante do grande facínora que é o caos. Estamos entregues à barbárie? Teremos meios de sobreviver ou conviver com o que nos foge do controle? Qual realidade queremos para os nossos filhos?
Enquanto não houver medidas drásticas (e sérias!) e pessoas competentes, interessadas em resolver a questão educacional (a longo prazo) e criminal (a curto prazo) seremos todos violentados, vítimas de um sistema falido e imbecil que prende o pai desesperado que rouba quatro bifes para dar de comer a seus filhos e liberta os que desviam milhões - os que cagam e vomitam em nós - dos cofres públicos (meu dinheiro, seu dinheiro, nosso dinheiro!).
Eu não precisaria ler jornais como o Montbläat (e ficar esperando ansioso pela sexta-feira) se todos os jornais diários fossem verdadeiramente comprometidos com a verdade (mesmo que isso significasse parcialidade escancarada), não teria admiração por Fritz Utzeri ou Fausto Wolff (porque todos teriam a implacabilidade dentro de si e seriam jornalistas) e não ficaria honrado em conhecer um brasileiro honesto (já que isso é pura obrigação minha, nossa, enquanto cidadãos, personagens de uma sociedade).
Se não resolvermos o problema do indivíduo que também é coletivo e acharmos um meio para nos tornarmos humanos (em todo sentido que isso acarreta), o nosso João continuará nas nossas lembranças mais dolorosas.
Aliás, enquanto somos corruptos (todos nós!), em Mesquita, Baixada Fluminense, uma senhora grita apavorada com os "tiros" para o alto, acordando os deuses, por mais um gol do Flamengo. "Paz sem voz não é paz, é medo".
A violência física e generalizada é puro reflexo do que fizemos (ou deixamos de fazer) com este Estado. Digo nós porque omissão também é envolvimento; ao deixar tais "representantes do povo" soltos e impunes para a realização do que lhes veio à cabeça (se não foi vômito, foi fezes) temos uma grande parcela de culpa na história do desenvolvimento para pior do Rio, caso cômico sobre crescimento de algo que todos querem pequeno e atrofia da felicidade social. Fundamos tantas ONGs (que só existem, em sua grande maioria, onde o Estado se ausentou) que já existem até as que, ao contrário da filosofia inicial, estão se prostituindo por um trocadinho a mais no "caixa 2" nosso de cada dia.
Outro exemplo do nosso caos? João Hélio foi arrastado por 15 minutos e quatro bairros - a brutalidade anda medieval nos tempos modernos. Os culpados estão encarcerados e nós também. Estamos sendo arrastados por uma eternidade não-temporal em milhares de bairros onde o crime está virando objeto de ficção.
Com todos os bons cidadãos se debruçando sobre um problema que parece crescer a cada 15 minutos, a lei continua debruçada e perplexa diante do grande facínora que é o caos. Estamos entregues à barbárie? Teremos meios de sobreviver ou conviver com o que nos foge do controle? Qual realidade queremos para os nossos filhos?
Enquanto não houver medidas drásticas (e sérias!) e pessoas competentes, interessadas em resolver a questão educacional (a longo prazo) e criminal (a curto prazo) seremos todos violentados, vítimas de um sistema falido e imbecil que prende o pai desesperado que rouba quatro bifes para dar de comer a seus filhos e liberta os que desviam milhões - os que cagam e vomitam em nós - dos cofres públicos (meu dinheiro, seu dinheiro, nosso dinheiro!).
Eu não precisaria ler jornais como o Montbläat (e ficar esperando ansioso pela sexta-feira) se todos os jornais diários fossem verdadeiramente comprometidos com a verdade (mesmo que isso significasse parcialidade escancarada), não teria admiração por Fritz Utzeri ou Fausto Wolff (porque todos teriam a implacabilidade dentro de si e seriam jornalistas) e não ficaria honrado em conhecer um brasileiro honesto (já que isso é pura obrigação minha, nossa, enquanto cidadãos, personagens de uma sociedade).
Se não resolvermos o problema do indivíduo que também é coletivo e acharmos um meio para nos tornarmos humanos (em todo sentido que isso acarreta), o nosso João continuará nas nossas lembranças mais dolorosas.
Aliás, enquanto somos corruptos (todos nós!), em Mesquita, Baixada Fluminense, uma senhora grita apavorada com os "tiros" para o alto, acordando os deuses, por mais um gol do Flamengo. "Paz sem voz não é paz, é medo".
Um comentário:
Marcelo, grata pela visita ao meu refúgio. Muito bom teu blog! E valeu pela citação do "Rappa".
Um abraço.
E paz.
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