De acordo com o que ando assistindo e lendo por aí, a polícia militar vai proibir a realização de baile funk em áreas consideradas violentas. O debate está lançado e, do canal MTV ao popular jornal O Dia, passando por nota do deputado Picciani, todos andam metendo o bedelho no assunto. Eu também irei.
Acredito que não exista, de fato, um debate sobre isso. Debater é por na mesa os prós e contras sobre um determinado tema e, sinceramente, não há como debater sobre a proibição do baile funk. Proibir um estilo musical com a alegação de incitar a violência é que deveria ser proibido! A competente, sutil e maravilhosamente educada polícia militar do Rio de Janeiro afirmar algo assim já deveria ser motivo o suficiente para nem debruçarmos sobre o assunto.
O que causa violência nas cidades é a ausência completa do Estado, o descaso da sociedade e a corrupção desenfreada, indecente e apavorante dos que fodem com este país. Se muitos meninos, de comunidades carentes, veem o traficante como herói, isto nada mais é do que um reflexo sobre como tais comunidades estão abandonadas, como o governo as ilhou, jogando todos os seus moradores ao deus-dará-ou-o-diabo-os-carregue. Traficantes são heróis quando não há a antítese, o espelho; quando não há a decência, a escola, o emprego, a dignidade, a cidadania. Traficantes são heróis quando a esperança e a expectativa resolvem ir embora.
As letras das músicas de funk revelam-se aulas de história, sociologia, economia, revelam de que é feita a escola da vida miserável e sobre como tratamos os nossos miseráveis. As letras estão repletas de aparelhos repressivos, assassinos, mundo-cão, muros erguidos e pontes dinamitadas. As letras falam de sexo e violência porque é no nível da animalização e da falta de perspectivas que tratamos os nossos “favelados”.
Eu, particularmente, detesto funk, assim como detesto berinjela, cerveja sem álcool, axé music (seja lá o que isso signifique), entre outras porradas de coisas, mas a proibição de um estilo musical é algo que não aceito, principalmente com tão tosca alegação.
Ou resolvemos os problemas do país com alguma seriedade ou viraremos, todos, pinturas de Salvador Dali.
Acredito que não exista, de fato, um debate sobre isso. Debater é por na mesa os prós e contras sobre um determinado tema e, sinceramente, não há como debater sobre a proibição do baile funk. Proibir um estilo musical com a alegação de incitar a violência é que deveria ser proibido! A competente, sutil e maravilhosamente educada polícia militar do Rio de Janeiro afirmar algo assim já deveria ser motivo o suficiente para nem debruçarmos sobre o assunto.
O que causa violência nas cidades é a ausência completa do Estado, o descaso da sociedade e a corrupção desenfreada, indecente e apavorante dos que fodem com este país. Se muitos meninos, de comunidades carentes, veem o traficante como herói, isto nada mais é do que um reflexo sobre como tais comunidades estão abandonadas, como o governo as ilhou, jogando todos os seus moradores ao deus-dará-ou-o-diabo-os-carregue. Traficantes são heróis quando não há a antítese, o espelho; quando não há a decência, a escola, o emprego, a dignidade, a cidadania. Traficantes são heróis quando a esperança e a expectativa resolvem ir embora.
As letras das músicas de funk revelam-se aulas de história, sociologia, economia, revelam de que é feita a escola da vida miserável e sobre como tratamos os nossos miseráveis. As letras estão repletas de aparelhos repressivos, assassinos, mundo-cão, muros erguidos e pontes dinamitadas. As letras falam de sexo e violência porque é no nível da animalização e da falta de perspectivas que tratamos os nossos “favelados”.
Eu, particularmente, detesto funk, assim como detesto berinjela, cerveja sem álcool, axé music (seja lá o que isso signifique), entre outras porradas de coisas, mas a proibição de um estilo musical é algo que não aceito, principalmente com tão tosca alegação.
Ou resolvemos os problemas do país com alguma seriedade ou viraremos, todos, pinturas de Salvador Dali.
6 comentários:
O funk incita à violência ou é a violência que incita ao funk?
Sei não, Marcelo, nas mãos dessas otoridades vamos todos virar bicho.
Beijo pra você.
estupidez...Não tem efetivo pra isso. Antes de começar o baile rola sempre o "arrego"
oI, mARCELO,
Concordo com você. Mais um assunto tratado superficialmente. Dói aprofundar e arregaçar as mangas, atacar as causas.
Beijão, lindo.
Oi Marcelo.
O funk é um grito de alerta denunciando uma doença que está destruindo a sociedade. Como sempre acontece no Brasil, as autoridades desprezam o conteúdo da mensagem e optam por punir o mensageiro.
O Brasil não merece a Brazil.
Um abraço.
Marcelo, concordo com o ponto central da sua argumentação. Mas como sou espírito de porco - melhor dizendo, espírito de símio - não posso deixar de fazer uma micagem: AINDA BEM QUE QUEREM PROIBIR O BAILE FUNK!
Só é preciso agora acabar também com os rodeios e aí sim a coisa vai ficar "da hora"...hehehehe...
Particularmente, eu seria "A Megera", de Dali... Abs.
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