quinta-feira, 11 de junho de 2009

O cerco e o circo

.
O cerco começou, minha gente!
Na incapacidade brutal, dos Governos e da sociedade, de resolver os problemas sócio-econômicos dos maltrapilhos humanos que moram em favelas, o Estado (que, vá lá, sempre teve preguiça e nojo de olhar para o favelado) resolveu erguer muros com (olha que camuflagem perfeita!) a desculpa da preservação ambiental. Estamos aprisionando os pobres! Mesmo porque, pobre que é pobre nunca teve liberdade. Isso (a liberdade) é frescura da classe média. Pobre toma é porrada “dos PM”, “dos filho viciado”, “do sistema, mermo”!
Saramago, em seu blogue, já escreveu que (liberdade literária à parte) não vê muita diferença entre o de Berlim e o do Rio. Eu, que nada entendo de talento literário, mas morador do Rio de Janeiro e, principalmente, habitante da Baixada Fluminense, posso afirmar que Saramago pode até ter exagerado na estética, mas a intenção, descrita por ele, é a mesma: separar o joio do trigo.
Para quem ainda não viu (porque a mídia nessas horas é cegueta e filha-da-puta), aí está o link do vídeo no UOL:

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/assistir.jhtm?media=muro-para-conter-favela-gera-polemica-no-rio-0402356EDCA99326
.
Outra dica é, se houver tempo, apreciar os comentários maravilhosos dos internautas a favor do muro, logo abaixo do vídeo. Enfim, o muro nunca foi apenas físico. Na verdade, a sua exteriorização é apenas o começo do sonho catártico de alguns.
.
E veja também:
.
.
.

Um comentário:

BirdBardo Blogger disse...

O fascismo fazia coisas muito parecidas com que Caral se dispõe a fazer...