terça-feira, 18 de junho de 2013



As manifestações no Brasil, ao que parece, não acabarão.

A mídia, bela e limpinha, escandaliza-se de mentirinha com carros queimados e apoia o movimento, mas isso também é mentira. Ela não esta entendendo nada. Ninguém ainda tem a exata noção do que esta acontecendo de fato, se uma revolução, uma primavera, euforia, palha queimando ou carvão mineral. Quem tem certezas absolutas, neste olho do furacão, não só não sabe de nada como também não quer saber, já escolheu uma posição cômoda e, assim como o Datena, é a favor da democracia, desde que a PM possa meter a porrada no povo, como sempre faz.

O povo não acordou. As revoltas que aqui aconteceram falam por si (Lúcio de Castro falou sobre isso, veja aqui). Nós, quando de saco cheio, fazemos isso. A nossa ditadura sabe que não teve tranquilidade. Houve quem emprestasse kombis, mas teve uns de fusquinha que atazanaram a vida dos coronéis. Muitos brasileiros resistiram, outros tantos pereceram. Lutaram para que pudéssemos fazer isso. Não nos esqueçamos. Uma democracia tacanha e virulenta ainda é um esboço de democracia. Ditadura organizada é muito pior.

Jabor pediu desculpas, mas sabemos que aquilo é tão verdadeiro quanto os seus empregadores apoiando o movimento.

Por falar nisso, a Record, naquilo que eles chamam (que ousadia!) de jornal, hoje de manhazinha, com um sujeito e seus quilos de maquiagem, mostrou 02 minutos da manifestação no Rio e 30 minutos do confronto na ALERJ. Nitidamente o objetivo era anular a marcha dos 100 mil, vista pela última vez com a Clarice, o Chico, o Zuenir, entre outros 99.997 participantes igualmente importantes.

O ministro dos esportes me envergonhou. Tem uma bela história, mas esta com uma vontade grande de jogar tudo no ralo.

Estou esperando, digerindo e tentando entender a beleza disso tudo. Não sei o que será amanhã, mas que esta sendo bonito, isso esta!




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