segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O querer e o quereres

Surge da pura necessidade pseudo-social o clamor público-artístico-empresarial que a mídia intitula de movimento de combate à corrupção no governo federal. “Eu apoio!” é a logomarca do resfriado, como se fosse mais uma propaganda do Rock in Rio. E é, claro.

Aliás, antes do jornal O Globo surgir com a logomarca, o Noblat, o Pereira, a Leitão (quando crescer quero ser eles ao contrário!) falavam que a limpeza proclamada pelo planalto era uma grave crise no governo. Ninguém, além dos que odeiam a Dilma, o Lula e o PT, engoliram isso; e choveu apoio à presidenta e ao seu já conhecido culhão. E com números não se briga, nem por uma marmelada. Com 70% de aprovação é preciso, antes de tudo, acabar com a imagem para depois vir com a dita “crise”.

A sociedade deturpou-se e este é o atestado da mediocridade social. Afinal, quem, além dos corruptos, é a favor da corrupção? Logo, apoiar movimentos do tipo “cansei”, feito por órgãos que transformaram o “cansei” num movimento, é o que devemos refletir. O que quer a mídia com o borburinho? Tenhamos cuidado. Tenho quase certeza de que a metralhadora está atirando nos ladrões, mas quer, mesmo, é acertar a presidenta.

Aliás, nada me tira da cabeça o porquê do jornal ter comprado a idéia falaciosa e a atitude criminosa da revista Veja em relação ao José Dirceu. O que eu tenho a favor do Dirceu? Nada. O Dirceu é coisa pro STJ, mas nenhuma mídia quer o Dirceu. O que eles querem é associá-lo aos Illuminati, ao PII, à Tribo de Napoleão, ao funk carioca e, depois de demonizado, à Dilma.

Na verdade, gostaria mesmo é de estar errado. Redondamente errado.

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