sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Quando a informação atira no próprio ouvido

Abro a página do Observatório da Imprensa todas as terças e, ao longo da semana, vou digerindo o que não consegui ler, mas que se mostrou interessante. Óbvio que Dines me é referência neste Observatório, assim como a coluna do Brickmann, do Bucci, entre outros.

Contudo, esta semana, o ódio do jornalista Dines chegou ao universo desvairado da notícia que te leva para a esquerda tentando te jogar à direita. Intitulada Mídia, religião e ódio, o autor disseca o período conturbado da política e da mídia americana (estadunidense), relata os abusos de Sara Palin, a repercussão nos veículos midiáticos e sobre como a Fox News funciona como uma propagadora da intolerância (totalmente idiota, posto intolerância, e hitlerista) da extrema direita. Até aí, tudo bem, certo?

Errado. Na verdade, a coluna fica muito clara no 5º parágrafo. O chamamento do texto é apenas um pano de fundo para o jornalista atacar a esquerda brasileira (?), nomeando-a quase como uma pseudo-talibã-tupiniquim, agente dos males brasileiros e da febre amarela lunática dos jornalistas que não tem mais o que escrever. Claro, a esquerda e a sua ortodoxia corrosiva e intransigente é a grande vilã dos jornais sérios e parciais que temos no Brasil, assim como as corretas emissoras de rádio e televisão. A esquerda, sempre raivosa, é capaz de dinamitar a constituição apenas para ver o sangue puro dos coitadinhos.

Certo, Dines, concordo contigo. Mas...Me diga uma coisa: José Serra é esquerdista? Porque a cruzada cristã que a sua trupe fez contra a Dilma foi de uma sem-vergonhice e irresponsabilidade sem tamanho! Digna dessa esquerda que você diz ser o demônio. E a Rede Globo? Aquela bolinha de papel terrorista foi de um mico sem tamanho e, no dia seguinte, a reafirmação do terrorismo com edição de imagem foi mais grotesco ainda; uma vergonha! Certamente que a Globo está inserida nesta sua esquerda absurda e virulenta! E a Veja? Putz...

Porque, caro jornalista, se não tiver, vê se te calas!

6 comentários:

Halem Souza disse...

Marcelo, eu costumava visitar periodicamente o Observatório, mas por causa da grande quantidade de artigos, do tamanhão do site e do meu pouco tempo para acessar a Web, pouco tenho passado por lá. Portanto, não li este artigo do A. Dines, mas vou tentar localizar.

Pelo que vi nessa sua postagem, pensei o seguinte: esse jornalista talvez não esteja começando a apresentar sinais de senilidade, já que não é mais nenhum garotão? Hehehe...

Piadinhas (ruins) à parte, foi oportuno você lembrar aquela palhaçada da Globo no Jornal Nacional, chamando até um perito para analisar as imagens do "atentado" contra José Serra.

E são esses megagrupos de mídia que adoram esbravejar, de forma corporativa, quando se aventa qualquer tentativa de melhor regulação do setor...

Um abraço e bom ano de 2011!

Marcelo F. Carvalho disse...

Professor, acho que a sua piada tem um imenso poço de verdade. Eu sempre admirei a forma do Dines escrever (Gosto dele desde o JB) e sou muito grato pela experiência de uma universidade ter se tornado o Observatório, mas de uns tempos pra cá... O sujeito só chuta pra fora! Pena para todos nós... A comparação entre Sara Palim e a esquerda brasileira é de um delírio ofensivo.
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Professor, para acessar a coluna é só clicar o título dela.
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Abraço forte!

Halem Souza disse...

Marcelo, que vacilo da minha parte: não reparei no link do artigo no corpo do texto de sua postagem, hehehe...

Ah, fiz uma brincadeirinha contigo lá no blog do Renato Couto.

Um abraço.

Jens disse...

Marcelo, li o artigo do Dines e igualmente fiquei pê da vida com a postura reacionária. Já faz algum tempo que suspeito, como o Halem, que o vetusto jornalista está sofrendo os efeitos da senilidade. Triste fim.
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Acho que o Carlinhos Brickmann saiu fora. Nas últimas semanas não encontrei o Circo da Notícia.

Um abraço.

Marcelo F. Carvalho disse...

Jens, estava achando que ele estivesse de férias, mas já se vai 01 mês e nada... Será?

Marcelo F. Carvalho disse...

Jens, o Brickmann está de volta. Foi férias, Somente.