Posso fazer campanha eleitoral brasileira? É diferente das campanhas eleitorais sérias. Aqui ninguém está preocupado em dizer como fará a diferença, como a sua equipe consertará o motor da FIAT 147 chamada Brasil. Todos, sem exceção (ou com quase imperceptível exceção), querem é descer a porrada no adversário, mesmo que a sua solução seja nula ou catastroficamente muito pior que a vigente, com rima e tudo.
Mas o que mais me impressiona não são os partidos que querem ganhar a eleição. Eles estão certíssimos em querer ganhar (fenômeno inverso só nos nossos times de futebol que andam se contentando com vaga em Libertadores; de título ninguém mais fala, como se isso fosse heresia), e se isso significa descer o cacete no Lula, então que o porrete seja aplicado! Nada contra. O que causa náuseas são as corporações de sempre tentando minar a floresta. Veja o título de O Globo online (18 de maio): “Na contramão dos grandes, China elogia acordo nuclear com o Irã”. Antes o problema era a manipulação das pesquisas eleitorais, quando todos os “grandes” afirmavam que o Serra estava à frente da Dilma e o Sensus, “na contramão dos grandes”, resolveu divulgar que estava, pra ser sincero, o Governador empatado com a ministra (deu processo por parte do PSDB e “os grandes” apequenaram-se).
O mundo todo (ou seja, os que mandam pra cacete nessa porra toda) quer explodir o Irã. Não, não se quer apenas explodir o Irã, os “homi”querem “Atolá-Sem-Camisinha” no Irã.
Os jornais americanos dizem que o acordo foi uma cartada do Ahmadineijad, a imprensa internacional (Leia-se americana e europeia) acha que o acordo dificulta as sanções. Resumindo: ninguém quer achar uma solução para o impasse, o que querem mesmo é acabar com Sr. Presidente Mahmoud Ahmadinejad e, se de quebra morrer o povo iraniano, bem, foda-se.
Sanções em países já miseráveis são, vias de fato, para sufocar a nação até o desespero absoluto, o que leva, inevitavelmente, o país sancionado a fazer uma merda e, então... Guerra. Mas parece que os nossos “grandes” não dão a mínima para isso, querem mesmo é desdenhar do presidente Lula e, de rebarba, bater na sua presidenciável Dilma. Só. Refletir sobre o como e o porquê não interessa. Afinal, somos todos Homer Simpisons (já disse um jornalista que forma profissionais em 6 meses)!
3 comentários:
Oi, meu lindo,
Você é lúcido.Não está idealizando ninguém mesmo quando há preferência( Lula , né?).Sabe porque não fazem nada pela diferença?Porque ela não existe. As moscas que o diga.
Beijão.
(viu só que teste mais porreta?)
Voce sabe, Marcelo, que tudo eh muito mais complicado do que simplesmente isso. Uma coisa que tem me deixado chateado ha anos na blogoesfera e como as pessoas tem uma imagem destorcida dos EUA, o que acaba se tornando ironico quando o proprio EUA tem imagens destorcidas dos brasileiros, iranianos etc. No ultimo texto do blogue, que ja faz um tempo, escrevi sobre a mutua falha na percepcao entre o Ira e os EUA. Mas ate mesmo nesse contexto, segundo as pesquisas, os iranianos nao tem nada contra a populacao estadunidense, e sim contra o regime. O regime e apenas a expressao dos interesses da nacao soberana, e nesse sentido, os EUA tambem sao contra o regime iraniano. Logo nao sei se estamos falando de so "acabar com Ahmadinejad" e se "o povo morrer, foda-se". Esse nao e o calculo governamental desse administracao, e certamente nao da esmagadora maioria da populacao. Nao seria interessante pros EUA isso, e se fosse ja teriam atacado. A questao e economia, petroleo, estabilidade regional e influencia regional, algo que todos os paises que podem, fazem, e no dia que o Brasil puder fara tambem de olhos fechados.
Quanto a estar contra o Lula, essa midia brasileira e das mais estupidas que ja vi em minha vida (e ja vi midias boas de alguns bons paises). E a mais incompleta, mais irracional, e mais simplesmente burra, infantil, entao nada me surpreende.
Finalmente, so tome isso como uma analise de quem esta aqui e acha que tem muita gente no Brasil viajando na maionese, mas a realidade e que sim, ha motivos concretos para a desconfianca nesse aspecto (Lula-Ahmadinejad), querendo ou nao e concordando ou nao.
Abraxao,
RF
Roy, a sua colocação é, parafraseando a amiga Cris, muito válida e lúcida. Aliás, é isto o que quero entender: por que a "grande" imprensa não faz uma análise (contra ou a favor) de verdade, ao invés desse coquetel superficial que confunde e manipula mais do que esclarece.
Particularmente, pegandoa sua própria colocação, aqui e no seu (excelente) blogue: países agem por interesses próprios. Esta é a maior verdade. Se fosse o Brasil, império como o são os EUA, certamente teríamos outro tipo de postura. Não discordo disso (e, sim, Obama e Democratas possuem uma preocupação com a política externa infinitamente maior do que Republicanos; isto é fato).
Só discordamos quanto a posição do povo americano. Ainda acho que uma parcela enorme dos estadunidenses (principalmente republicana) agem como se os EUA fossem o umbigo do mundo e muitos jornais entram nesse "filão" patriótico que não leva a lugar algum.
Também acredito que as sanções não alimentam outra coisa que não a revolta e o velho rancor contra o ocidente. E, nisto, governos com alto poderio bélico adoram fazer: sufocar para impor a "sua" realidade.
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Mas Roy, por favor, sinta-se à vontade para colocar a sua visão o quanto quiser. Este blogue necessita disso. Se quiser escrever um texto sobre, publico com entusiasmo!
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Abraço forte!
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