Marcelo: no fim do recesso, início de agosto, avaliei que Sarney estava nas cordas e, tonto de apanhar, estava prestes a jogar a toalha. Creio que a partir da mesma avaliação o senador Pedro Simon anunciou que faria um pronunciamento no plenário "sugerindo" a renúncia de Sarney. Simon é uma raposa de faro apurado, sempre que sente que o adversário não tem saída faz um discurso grandiloquente ("histórico") a fim de se cacifar como reserva moral da nação (ô cacófato de merda). Resumindo, bate em cachorro morto. Porém, desta vez o tiro saiu pela culatra. Não tenho dados concretos para embasar minha avaliação, mas algo (um cutuque) me diz que os retruques de Renan e Collor ao discurso de Simon favoreceram Sarney - colocaram achas na fogueira e reavivaram a reação. Ou seja, Pedro Simon, o paladino da moral, pensava em bater num cadáver já embalsamado. No entanto, levou de volta, tonteou e medrou. O aturdimento visível do Catão Gaudério da República revelou o que Sarney mais desejava: estão todos nus. O maranhense retomou o folêgo e o ímpeto para resistir. Pra melhorar, a governadora Yeda foi acusada de roubo na quarta-feira passada, pelo MP Federal, que enfatizou que "os réus não terão moleza". O MP quer a quebra do sigilo do processo. A governadora diz que quer mas não quer. Simon, inventor, padrinho e ferrenho defensor de Yeda (até ontem) tem muito o que explicar. Mas acho que é tarde para mea culpa - sua credibilidade não foi arranhada; foi esburacada a golpes de picareta. Aqui nos pampas, a esquerda entoa cânticos de guerra. Inclusive velhos e ultrapassados morubixabas como eu.
Um abraço. Ah sim, quanto ao Sarney: acho que escapa.
2 comentários:
Marcelo:
no fim do recesso, início de agosto, avaliei que Sarney estava nas cordas e, tonto de apanhar, estava prestes a jogar a toalha. Creio que a partir da mesma avaliação o senador Pedro Simon anunciou que faria um pronunciamento no plenário "sugerindo" a renúncia de Sarney. Simon é uma raposa de faro apurado, sempre que sente que o adversário não tem saída faz um discurso grandiloquente ("histórico") a fim de se cacifar como reserva moral da nação (ô cacófato de merda). Resumindo, bate em cachorro morto.
Porém, desta vez o tiro saiu pela culatra. Não tenho dados concretos para embasar minha avaliação, mas algo (um cutuque) me diz que os retruques de Renan e Collor ao discurso de Simon favoreceram Sarney - colocaram achas na fogueira e reavivaram a reação. Ou seja, Pedro Simon, o paladino da moral, pensava em bater num cadáver já embalsamado. No entanto, levou de volta, tonteou e medrou. O aturdimento visível do Catão Gaudério da República revelou o que Sarney mais desejava: estão todos nus. O maranhense retomou o folêgo e o ímpeto para resistir.
Pra melhorar, a governadora Yeda foi acusada de roubo na quarta-feira passada, pelo MP Federal, que enfatizou que "os réus não terão moleza". O MP quer a quebra do sigilo do processo. A governadora diz que quer mas não quer. Simon, inventor, padrinho e ferrenho defensor de Yeda (até ontem) tem muito o que explicar. Mas acho que é tarde para mea culpa - sua credibilidade não foi arranhada; foi esburacada a golpes de picareta.
Aqui nos pampas, a esquerda entoa cânticos de guerra. Inclusive velhos e ultrapassados morubixabas como eu.
Um abraço.
Ah sim, quanto ao Sarney: acho que escapa.
Hoje sou eu quem vai levar a imagem, tá? Perfeita!
Beijão
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