segunda-feira, 11 de maio de 2009

Precisamos de humanidade?

Do que precisamos?
A pergunta cretina e complexa pode ser defendida em botecos miseráveis nos grotões da Baixada Fluminense ou na grande palestra, paga com dinheiro público, de um formidável pensador em voga, ou de graça, por um trôpego desgraçado com voz broqueada. Independente do grau de complexidade ou imbecilidade que daremos, a resposta pode ser dividida “n” vezes ao quadrado.
Do que precisamos?
Se eu fosse banqueiro, a resposta inevitável seria: controle.
O homem, aos olhos dos donos do poder, precisa da liberdade difundida por países ditos “democratas”. Países assim não existem de fato, mas que liberdade há, no mundo, de fato? Liberdade e democracia são ilusões apresentadas para que o sistema escravocrata funcione melhor, como uma “matrix” inversa, funcionando enquanto estamos acordados. Os donos do poder precisam que acreditemos nas conquistas apresentadas e nas ameaças inventadas. Se não tivéssemos medo do terrorismo(?), se não tivéssemos medo de Deus(?), se não tivéssemos medo da queda capitalista (ou a socialista desumana), se não tivéssemos medo do nosso próximo... O mundo seria ditado por Eles?
Do que precisamos?
Se eu fosse político, a resposta inevitável seria: ignorância.
O homem, aos olhos dos políticos contemporâneos, é um perigo real, uma bomba que precisa se perder no abismo da ignorância. Dá para imaginar um povo exigindo, dos seus governantes, melhores condições de trabalho, de lazer, de saúde, de educação, de segurança? Dá para imaginar um povo vivendo sempre inconformado com o Governo, sempre a exigir reformas, direções, rumos? Quantos dos deputados, senadores, vereadores, que hoje estão no poder, estariam gozando de tal mandato com um povo culto e saudável? Quantos destes políticos estão a serviço dos Donos do Poder, controlando o povo com as concessões públicas de TV dadas a eles mesmos? Quantos controlam (corrompem ou compram) os jornais, rádios, portais que servem a uma determinada elite?
Do que precisamos?
Estou com esta pergunta na cabeça depois de assistir a Zeitgeist, dois “supostos” documentários sobre o caos do mundo ser controlado pelos donos do poder de forma matemática. Confesso que, apesar da mensagem tendenciosa e utópica na solução, sinto-me inclinado a dizer que muito do que vi vem ao encontro do que penso há tempos. Tenho quase certeza de que estamos no meio de um grande circo onde leões, palhaços e platéia são, na verdade, a raça humana. Contemplamos a nós mesmos e, ainda assim, nos destruímos sob aplausos. É conferir e atestar (ou contestar).

4 comentários:

Renato Couto disse...

Em 1948, o então ministro da aeronáutica dos EUA, disse: "A palavra a ser usada não é subsídio, e sim segurança. Se você quiser garantir o financiamento para determinadas indústrias e não quiser que o povo tenha voz ativa a respeito, você tem de manter um simulacro constante de ameaças a segurança - e podem ser a Rússia, Líbia, Irã, Iraque, Cuba, o que pintar..."
Marcelo, Fausto se foi, mas volta e meia, lembro dele, por conta da figura do "Coiso", sempre presente entre nós...

dade amorim disse...

O pior é que os controladores se acham o máximo. Dependendo da perspectiva por onde se olhe, eles são o máximo - da esperteza, do maquiavelismo. De outros ângulos, são na verdade uns merdas que tratam todo mundo como tal, julgando-se diferentes. Parece que chegamos a uma encruzilhada de linhas de pensamento que se embaraçam umas nas outras e não chegam a lugar nenhum. Ou melhor, chegamos sim, ao big brother, e achamos mais confortável preencher o buraco negro de nossa falta com as aparências, que ao menos são quase controláveis. Assunto pra vinte posts, no mínimo.
Beijo, Marcelo.

Anônimo disse...

Bem, Marcelo, falo por mim, eu preciso é de dinheiro mesmo. Quanto à humanidade (esse insignificante detalhe do planeta) precisa de ilusões, penso eu. Tal como o personagem Cypher (de Matrix), só precisamos acreditar que o bife é realmente suculento como parece. Um abraço.

Unknown disse...

De fato Marcelo me pertubou tbm esses documentários conspiratórios.Apesar de tendenciosos, os malditos possuem um certo tom de verdade e saibas qe este documentário é proibido de ser exibido publicamente no nosso democratico pais. De fato a matrix está ai , liberte-se!!!