OS OLHOS DA RUA
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Gerimaldo Nunes[ in Correio das Artes. João Pessoa, 1996 ]
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meu pai espiava a rua
de uma forma diferente
colhia cada pedra
cada paralepípedo
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olhos abertos
fixos.
desvendava assim mundos
que muitas vezes nem existia
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roubei do meu pai seus olhos
e seu olhar.
devoro a rua
com a mesma fome,
o mesmo medo.
e crio monstros invisíveis
pra me distrair.
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* Poema encontrado aqui, ó:
6 comentários:
Marcelo, meu camarada, fiquei um tempo sem visitar a "sua casa", mas agora atualizei as leituras, finalmente.
Eu conheci esse blog (Balaio Porreta) graças ao Meneau. Leio de vez em quando e, realmente, aparece muita coisa boa por lá.
Sobre essa decisão do presidente do Supremo em soltar o D. Dantas: também tenho muita vontade de soltar uns palavrões!
Um abraço.
Valeu, cara!
Muito, muito bom. Grande achado, Marcelo.
Um abraço.
Olá querido Professor pescador Marcelo,
li este lá no Balaio, boa escolha.
Que bom né, que a Acantha voltou.
beijo procê
Grande, nem acredito que ainda nao tinha visitado sua casa. Pode dizer, Mal Vizinho com maiusculas!
Respondi ao Professor Tony nos comentarios do ultimo texto postado em casa. Acho que isso melhor explica o que aconteceu em relacao ao New Yorker.
Quando a esse poema aqui postado, posso dizer que me remete a memorias interessantes. Esteja linkado!
abraxao
RF
Muito bom, Marcelo. Vou lá no Balaio, paragem obrigatória, né?
:)Beijo pra você e feliz Dia do Amigo!
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