quarta-feira, 19 de março de 2008

Madeleine

Notícias da BBC chegam e a Folha de S. Paulo noticia:
“Um grupo de jornais britânicos foi condenado a pagar 550 mil libras (R$ 1,8 milhão) aos pais da menina Madeleine McCann por ter publicado matérias que sugeriram seu envolvimento no desaparecimento da filha, em maio do ano passado, em Portugal.
A sentença é resultado de um processo por difamação movido pela família contra a empresa Express Newspapers, dona dos títulos ‘Daily Express’, ‘Daily Star’, ‘Sunday Express’ e ‘Daily Star Sunday’".
A questão de “lá do exterior” lembra um pouco o caso da “Escola Base” daqui. A notícia precisa virar notícia (em nome do furo jornalístico) mesmo quando pouco apurada?
Prefiro sempre um jornalismo errante a um jornalismo calado (“Paz sem voz não é paz, é medo”), mas para os excessos e estupidez, medidas precisam ser adotadas. Não é justo denegrir (ou matar) a imagem de alguém em nome da liberdade. Democracia não mata ninguém, antes cria e transforma. Jornalista mal intencionado ou incompetente precisa pagar o preço da irresponsabilidade. A questão é complexa e a minha superficialidade não estanca a ferida, mas é preciso o debate. Quantas vezes assistimos, via televisão, ao “apedrejamento” público dos pais da menina Madeleine? Imprensa é isso? Duvido muito.

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