Imagine um casal numa relação de 5 anos.
tempo suficiente para que se conheçam bem.
bons momentos divididos e celebrados.
maus momentos superados.
trabalham juntos.
de repente, na firma, acusam a mulher de roubo.
não dizem "houve roubo".
vão baixo, chamando-a de "ladra!".
aqui e ali, vão além: "corrupta!".
ela resiste.
sozinha.
e a coisa piora: querem sua demissão.
ela resiste.
sozinha.
a fofoca se espalha.
nas ruas, é chamada de "puta!","vagabunda!", "vaca!", "desgraçada!".
ela resiste.
sozinha.
e também a manada passa a exigir que saia da firma.
ela, enfim, reage.
sozinha.
interesses e grosserias fora, o normal em disputas.
anormal - mais: absurdo - é o silêncio do companheiro.
numa situação assim, não é nada difícil decidir que atitude tomar: ou luta com sua companheira, enfrentando o que e quem for para defender a honra dela - e também a sua, ainda que na condição de cúmplice -, ou, acreditando nas acusações, surpreso e indignado, se separa dela.
silêncio, numa situação assim, não e nunca.
porque, das duas, uma: ou é um covarde, ou está traindo.
abjetamente inaceitável, seja o que for.
esse casal atende por Dilma e temer.
dá o papo, temer.
ou fala ou rala.
bom dia, pé na Rua, fé na Rua e à luta.
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