sábado, 10 de maio de 2008

O velho Artur

É possível admirar pessoas de linhas e articulações diferentes das suas? O velho Artur provava que sim.
PSDB, DEM e outras úlceras que existem no mundo nunca foram meu mal - não sofro de neoliberalismo (graças a Deus!) -, mas que existe vida inteligente dentro desses partidos nem eu duvido. Com o velho Artur era assim: voto no PT e votava nele. Se fosse disputa para senador (o PT podia colocar quem quisesse), meu voto era dele. Criou o PSDB, mas como eu o queria no meu partido! Aliás, o velho Artur era a prova de que não existem partidos de fato neste país, o que há são ideologias e homens de caráter.
Certamente, nas próximas eleições, votarei, para senador, em qualquer candidato do PT, contudo, será como um voto nulo, sem graça e sem filosofia.
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Artur da Távola
pseudônimo de Paulo Alberto Monteiro de Barros
(Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1936 — Rio de Janeiro, 9 de maio de 2008)
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Iniciou sua vida política em 1960, no PTN, pelo estado da Guanabara, quando foi eleito deputado constituinte. Dois anos depois, elegeu-se deputado constituinte pelo PTB. Cassado pela ditadura militar, viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. Tornou-se um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e líder da bancada tucana na assembléia constituinte de 1988, quando defendeu alterações nas concessões de emissoras de televisão para permitir que fossem criados canais vinculados à sociedade civil. No mesmo ano, concorreu, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi presidente do PSDB entre 1995 e 1997. Exerceu mandatos de deputado federal de 1987 a 1995 e senador de 1995 até 2003. Em 2001, foi por nove meses secretário da Cultura na cidade do Rio.
Como jornalista, atuou como redator e editor em diversas revistas e foi colunista nos jornais Última Hora, O Globo e O Dia, sendo também diretor da Rádio Roquette Pinto e apresentador do programa Quem tem medo de música clássica?, na TV Senado. Publicou ao todo 23 livros de contos e crônicas.
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4 comentários:

Anônimo disse...

Professor, certa vez,há uns 2 ou 3 anos, recebi um imeio do senador, no qual pronunciou-se sobre um ensaio que publiquei em série, ao longo de 9 edições.
sei lá como a zine chegava a ele, mas, apesar de nossas (minha e dele) adversidades ideológicas, o que ele me escreveu não só me surpreendeu, como, principalmente, emocionou. inolvidável.
uma hora, escreverei a respeito.
bonita - e merecida - homenagem.
baita abraço meu

Loba disse...

concordo com o pirata: bonita e merecida homenagem. sou fã deste escritor e tenho minhas diferenças com o politico. mas gosto da autenticidade do cidadão.
beijo, marcelo!

Loba disse...

concordo com o pirata: bonita e merecida homenagem. sou fã deste escritor e tenho minhas diferenças com o politico. mas gosto da autenticidade do cidadão.
beijo, marcelo!

Jens disse...

Pô, menos 1. Saco! Que descanse empaz.