Esta frase-título foi descoberta por Carlos Brickmann e incluída em sua crônica no Observatório da Imprensa (20/05/2008): “Benefícios psicossociais de um saber não-instrumentalizado”. Eu gostaria imensamente de ser “cabeçudo”, “nerd”, mas, devo admitir, nunca levei jeito para a coisa e, talvez, jamais entenderei o que tal título significa.
Começo com esta frase para dizer que é possível melhorar, mas quando os que podem construir, resolvem descambar para o elitismo intelectualóide e produzir aberrações como essa, tudo fica pior. Muito pior.
O banho de reportagem que a Folha de S. Paulo praticou em quase todo o caderno Mais! (18/05/2008) sobre a PM do Rio de Janeiro é um exemplo a ser seguido, discursado e incentivado nas salas de aula e redações jornais afora. O que impressiona na matéria é o tempo decorrido para a investigação, a maturidade, o planejamento, o processo lento e necessário, a lapidação, enfim, a “gestação da notícia”. Impressiona porque, em tempos de portais, blogues e “time is money”, a notícia veloz e “fast food” parece ser o direcionamento, a regra. Bem, como nos provou a Folha, apenas parece; e tudo o que parece...
E tudo fica melhor, muito melhor.
Contudo, num mundo cinza (ou: onde nada é preto e branco), a repentina importância que a, hoje, ex-ministra Marina Silva ganhou dos grandes jornalões e veículos televisivos também impressiona. Impressiona muito. Marina Silva, companheira dos ideais de Chico Mendes, sempre foi posta de lado pela mídia por se tratar da “intransigente”, daquela que defende o que “não é importante”, da “xiita chaata de plantão”, como são todos os grupos que defendem com implacável caráter e integridade, o planeta Terra, a sustentabilidade do ser humano diante dos graves avisos dos ambientalistas e da, por que não?, Mãe-Terra. De repente, todos viraram os holofotes para a senhora Marina. Por quê? Por que estão preocupados com a causa ambiental? Com o futuro da Amazônia? Não seria a sede e a inevitável torcida por um “racha” no Governo, quiçá no PT?
A senhora Marina Silva precisava ser tratada com imenso respeito e holofotes sempre. Infelizmente, a mídia engessada e viciada prefere colar os olhos na subida e queda da Bolsa e do Dolar, ignorando as queimadas e conflitos épicos na maior floresta do mundo. E nisto, nem a Folha consegue o perdão.
E tudo fica pior, muito pior.
Começo com esta frase para dizer que é possível melhorar, mas quando os que podem construir, resolvem descambar para o elitismo intelectualóide e produzir aberrações como essa, tudo fica pior. Muito pior.
O banho de reportagem que a Folha de S. Paulo praticou em quase todo o caderno Mais! (18/05/2008) sobre a PM do Rio de Janeiro é um exemplo a ser seguido, discursado e incentivado nas salas de aula e redações jornais afora. O que impressiona na matéria é o tempo decorrido para a investigação, a maturidade, o planejamento, o processo lento e necessário, a lapidação, enfim, a “gestação da notícia”. Impressiona porque, em tempos de portais, blogues e “time is money”, a notícia veloz e “fast food” parece ser o direcionamento, a regra. Bem, como nos provou a Folha, apenas parece; e tudo o que parece...
E tudo fica melhor, muito melhor.
Contudo, num mundo cinza (ou: onde nada é preto e branco), a repentina importância que a, hoje, ex-ministra Marina Silva ganhou dos grandes jornalões e veículos televisivos também impressiona. Impressiona muito. Marina Silva, companheira dos ideais de Chico Mendes, sempre foi posta de lado pela mídia por se tratar da “intransigente”, daquela que defende o que “não é importante”, da “xiita chaata de plantão”, como são todos os grupos que defendem com implacável caráter e integridade, o planeta Terra, a sustentabilidade do ser humano diante dos graves avisos dos ambientalistas e da, por que não?, Mãe-Terra. De repente, todos viraram os holofotes para a senhora Marina. Por quê? Por que estão preocupados com a causa ambiental? Com o futuro da Amazônia? Não seria a sede e a inevitável torcida por um “racha” no Governo, quiçá no PT?
A senhora Marina Silva precisava ser tratada com imenso respeito e holofotes sempre. Infelizmente, a mídia engessada e viciada prefere colar os olhos na subida e queda da Bolsa e do Dolar, ignorando as queimadas e conflitos épicos na maior floresta do mundo. E nisto, nem a Folha consegue o perdão.
E tudo fica pior, muito pior.
2 comentários:
Pois é Marcelo, quando os caras deixam de fazer proselitismo político e se dedicam ao jornalismo propriamente dito, os jornalões produzem boas reportagens, socialmente relevantes.
Quanto à ministra Marina, acertastes em cheio: a relevância dada a sua saída do governo foi unicamente para desgastar o governo Lula. Os barões da mídia estão ao lado dos desmatadores e incendiários da Amazônia. O resto é farisaísmo.
Um abraço.
É verdade, é verdade...
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